Um detento morreu a cada três meses nos presídios de Guarulhos

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Lucy Tamborino

A cada três meses um preso morreu em um dos presídios de Guarulhos no ano passado. Ao todo foram quatro mortes. Os dados são da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e ainda revelam que metade dos casos foi resultado de morte natural e, o restante, suicídio.

Na penitenciária José Parada Neto I ocorreram as mortes naturais, já na Desembargador Adriano Marrey II os suicídios. Guarulhos ainda possui dois Centros de Detenção Provisória (CPDs), em que não foram registradas quaisquer ocorrências do tipo.

De acordo com especialistas, a superlotação dos presídios contribui para essa realidade, gerando a falta de itens básicos. Em Guarulhos as quatro unidades prisionais totalizam uma população carcerária de quase 7 mil pessoas, ante a uma capacidade de 3.834 vagas.

Em nota, a SAP afirmou que todos os reeducandos têm atendimento à saúde garantido em todas as unidades prisionais, por meio da equipe de saúde das unidades. A pasta ainda destacou que os casos mais complexos são encaminhados à rede pública de saúde ou ao Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário da Fundação ABC, nos hospitais de referência em saúde. Quando é necessário atendimento em especialidades, os presídios devem agendar  através do Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde.

A pasta também informou que as unidades dispõem também de dispensários com quantidade de medicamentos suficientes para fornecimento a população carcerária, e, em eventual indicação médica de algum remédio não constante de na farmácia, é realizada a compra emergencial. E destacou que o tema suicídio tem sido abordado de maneira múltipla, por meio de palestras, rodas de conversas, cartazes informativos e panfletos em todos os estabelecimentos prisionais do estado.

Imagem: Lucy Tamborino

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