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Corrida Folha Metropolitana

Segundo especialista, é necessário levar em conta diversos fatores, como custo de reforma, invasão, criminalidade na região, entre outros pontos

A venda de um imóvel abandonado pode significar a resolução de um grande problema para o vendedor, uma vez que deixa de ter a obrigação de arcar com os custos do local. Para o comprador, é possível negociar o valor para que fique abaixo do preço do mercado, o que pode, muitas vezes, representar um investimento assertivo.

Dados do Plano Municipal de Habitação indicam que a cidade de São Paulo possui 1.385 imóveis ociosos, abandonados ou subutilizados em terrenos vazios. Para Nathan Varda, head da Propdo, proptech israelense especialista em análise de preços de propriedades e especializada no mercado brasileiro, “entrar nesse mercado requer atenção, a fim de se fazer um negócio atrativo, seja na hora de comprar ou vender. O trabalho de avaliar um imóvel abandonado difere de uma casa comum, pois é necessário avaliar o tempo de abandono, se foi ou ainda é local de moradia indevida, custos de reforma e se é possível ainda morar naquele lugar”.

Varda explica que “há muitos fatores a serem avaliados antes de se ter uma resposta segura. Avaliar se a casa possui pessoas morando indevidamente nela, se é a única casa abandonada na região e qual o índice de criminalidade nas proximidades. Essas são apenas algumas das questões”. O especialista ressalta, ainda, que “a invasão é um grande risco para qualquer comprador, por isso, poucos profissionais e investidores lidam com esse tipo de negócio. Trata-se de um problema que pode reduzir em mais de 50% o valor do imóvel”.

Outro fator a ser considerado é que imóveis abandonados podem afetar os preços de outras propriedades, mas existe uma variação entre os bairros. “Em São Paulo, em algumas localidades no centro da cidade, é comum essas propriedades afetarem os preços dos imóveis próximos. Em outras áreas, como Higienópolis, não percebemos o mesmo impacto. Isso varia bastante de região para região, mas é um fator que deve ser levado em consideração na hora de se investir em propriedades vizinhas”, completa Varda.

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