Mayara Nascimento
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) reprova a medida do governador João Doria de cortar o ônibus fretado para quase 90% dos estudantes de Guarulhos. De 3,4 mil alunos que utilizam o serviço na cidade, apenas 424 devem ter o benefício mantido, prejudicando aos demais.
O presidente da Ubes, Pedro Gorki, criticou por meio de um vídeo a medida anunciada pelo governo estadual. Segundo ele é importante defender que os alunos tenham condições de chegarem a escola quer seja com passe livre, ônibus fretado ou transporte público.
“Importante que a gente saiba que defender o transporte dos estudantes é defender também a permanência estudantil”, destacou Gorki afirmando que a decisão de Doria é um “ataque frontal que nem o governo federal ao lançamento do ensino público e principalmente a permanência de estudantes na escola que proporcione uma mudança de vida, de sociedade e de país”. “Não aceitaremos calados. Vamos para a luta estudantes de Guarulhos e não deixaremos que ataquem o transporte escolar, que ataquem o nosso direito de estudar”, finalizou.
A medida, anunciada na semana passada, determina que o serviço seja oferecido para crianças de até 12 anos que morem a mais de 2 km da escola. Para os estudantes com mais de 12 anos e que moram próximos a pontos de transporte público, é disponibilizado passe escolar. Na Diretoria de Ensino Guarulhos Sul a empresa do fretado ainda presta serviço sem licitação.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que desde março, quando foi feita uma primeira adequação, os alunos estão frequentando as aulas normalmente. A pasta reitera ainda que os estudantes que têm direito legal não ficarão sem transporte, seja com passe ou com frete. Aqueles que se sentirem prejudicados, ou então que tiverem seu transporte cortado por uma contagem errada na distância entre a moradia e a escola, podem pedir uma revisão na Diretoria de Ensino.
O corte tem atingido alunos de outras cidades da Grande São Paulo, como Suzano, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Ferraz de Vasconcelos.
Imagem: Divulgação/Facebook
