Luz azul do smartphone não cega, mas é importante evitar exposição exagerada

Com o aumento do uso da internet por adolescentes o compartilhamento de fotos íntimas se tornou um perigo para muitos jovens que não medem os riscos dessa exposição
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Da Redação

Estudo realizado na Universidade de Toledo (Ohio, Estados Unidos) e publicado no jornal Scientific Reports acalma a população revelando que a luz azul emitida pelos aparelhos eletrônicos não cega. Mas isso não quer dizer, por outro lado, que é inofensiva aos olhos. O que muitos desconhecem, principalmente quem acessa sempre celular, computador e outros dispositivos móveis, é que a luz azul emitida por esses aparelhos prejudica a saúde em alguma medida que ainda vem sendo estudada.

O oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, faz um alerta: além de se proteger contra os efeitos nocivos dos raios UVA e UVB, as pessoas devem se proteger contra os efeitos deletérios da luz azul violeta dos LEDs.

Essa luz azul violeta visível, segundo o médico, pode ser bem agressiva aos olhos, mesmo tendo menos energia do que a luz ultravioleta. Ela está nos escritórios e escolas (luz espiral), nos aviões, nos dispositivos móveis que acessamos continuamente durante o dia e a noite.

“As crianças são as mais vulneráveis à emissão de luz azul violeta, porque têm acesso a todos os dispositivos tecnológicos e já os incorporaram à rotina, inclusive durante os estudos. Como seus olhos estão ainda em desenvolvimento, eles não têm pigmentos que ajudam a filtrar uma parte dessa luz. Mas isso não quer dizer que os adultos não estão correndo risco, especialmente aqueles que estão sempre conectados com todas as novidades tecnológicas. O ideal, em todos os casos, seria limitar a exposição diária a essa emissão luminosa, principalmente antes de ir para a cama”, afirma Neves.

Estudos mostram que a exposição à luz azul violeta por algumas horas antes de dormir acaba suprimindo a melatonina, que é um dos hormônios do sono, e dificulta alcançar aquele estágio do sono profundo e reparador. Por isso, quem quer acordar com mais disposição para estudar e trabalhar deveria limitar o tempo em que confere recados no celular, por exemplo.

De acordo com o oftalmologista, o primeiro problema para quem passa muitas horas por dia diante desses equipamentos e dispositivos tecnológicos é uma redução significativa na produção de lágrimas. Com o tempo, a visão fica estressada. Além disso, episódios de dor de cabeça e enxaqueca podem se tornar mais frequentes.

Uma medida aparentemente simples para proteger os olhos é piscar mais vezes durante o dia. Desviar os olhos da tela a cada 20 minutos e focar um objeto que esteja longe por pelo menos 20 segundos é outra dica importante. “Esse exercício é ótimo para dar um ‘reset’ nos olhos”, diz o especialista.

Imagem: Divulgação

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