Uma agenda socioambiental para governos modernos

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O mundo pós-pandemia tornará o governo Bolsonaro ainda mais anacrônico. A ascensão da China, o projeto de investimentos dos EUA e a emergência climática prenunciam uma agenda muito diferente da que vivemos no Brasil. Economia de mercado, instituições democráticas, liberdades públicas, responsabilidade fiscal e programas de proteção social são pré-requisitos. Mas novas políticas públicas são necessárias. É o caso das iniciativas derivadas do conceito ASG – Ambiental, Social e Governança –, adotado pelas maiores empresas do planeta.

O Brasil precisa deflagrar imediatamente uma governança ambientalmente sustentável, socialmente responsável e de reconhecido padrão ético. Construir as bases do conceito ASG significa reinserir o Brasil no cenário mundial.

Na Governança, precisamos de uma ampla reforma tributária que equipare o Brasil aos melhores padrões do mundo, com incremento de até 20% do PIB em 15 anos. A transparência estimula investimentos, combate a improdutividade, reduz o conflito tributário e gera arrecadação segura.

No Social, é imprescindível unificar programas e valorizar contrapartidas de educação e trabalho. Em São Paulo, teremos o Bolsa do Povo, que remunera o estudo de jovens carentes e também estimula pais que dediquem parte de seu tempo às escolas.

A maior pressão externa, no entanto, se dará no Ambiental. O Brasil requer uma virada que transforme problemas em soluções. O meio ambiente é patrimônio das gerações futuras. O desenvolvimento sustentável gera benefícios sociais e econômicos.

Essa é a visão de São Paulo. O caso mais simbólico é o projeto de despoluição do rio Pinheiros. Mais de 240 mil imóveis, em áreas carentes, foram ligados à rede de saneamento. No final do próximo ano, serão mais de 500 mil imóveis, beneficiando mais de 3 milhões de pessoas.

O Pinheiros voltará a abrigar vida aquática e suas margens estão se tornando um parque linear com duas lindas ciclovias. Concedemos à iniciativa privada o direito de transformar a Usina São Paulo em espaço multicultural que terá o maior cinema ao ar livre da América Latina.

São Paulo oferece bons exemplos de agrossustentabilidade. Completamos duas décadas de desmatamento zero na Mata Atlântica. Nos últimos anos, aumentamos de 18% para 23% a cobertura vegetal do estado, com meta de 26% no fim desta década. Iniciamos a recuperação de 800 mil hectares de áreas preservadas.

Coibimos as queimadas e incentivamos uma agricultura cada vez mais tecnológica. Temos um ecossistema para as Agtechs com parcerias entre universidades, empresas e governo. O agro moderno adota práticas que elevam o sequestro de carbono e reduzem o efeito estufa.

O Brasil precisa de um renascimento após tantos erros de gestão. Vida, trabalho e esperança nos movem na busca de um futuro com esperança, proteção ambiental e social.

João Doria

Governador de São Paulo

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