Um bom, e belo, prato de comida precisa sempre de uma boa FACA

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Serginho Freitas

Sempre que sentamos em uma mesa, seja no melhor restaurante do mundo ou na de casa, para encararmos aqueles pratos deliciosos não pensamos quanto tempo ele demorou para chegar até ali. Por isso hoje resolvi dar uma virada no foco da minha coluna e falar sobre a principal ferramenta para que estes pratos fiquem prontos: a faca.

Todo cozinheiro precisa de boas facas de trabalho. Desde as que cortam legumes frágeis às que detonam as enormes costelas bovinas.

Normalmente, estes “brinquedinhos de gente grande” são tratados como um filho, e se você quer deixar um cozinheiro profissional ou um amante da gastronomia nervoso, pegue ela sem pedir permissão. Grandeeeeee possibilidade de no mínimo você ganhar uma cicatriz nova!

Além das facas que estamos acostumados a encontrar em grandes magazines e hipermercados, existe um outro tipo que além de ser de grande utilidade nas cozinhas brasileiras, são itens disputadíssimos de grandes colecionadores: as facas artesanais.

Elas, que estão na moda e junto com tábuas rústicas de corte, vêm se transformando em presentes ideais para homens e mulheres.

E para minha felicidade descobri um cuteleiro – denominação da pessoa que fabrica ou vende instrumentos de corte –, em Guarulhos, que além de utilizar esta técnica milenar é um verdadeiro artista.

Guarulhense “da gema” Cristiano Vieira, (instagram.com/c.vieira_cutelaria), que também é policial militar do 15BPMM, produz verdadeiras obras de arte utilizando barras de aço, força e muito, mas muito mesmoooo, fogo!

Fui até o espaço dele, que fica na Vila Moreira, para bater um papo, conhecer mais sobre a técnica e ver algumas de suas peças exclusivas.

“Comecei na cutelaria por hobbie e fiz um curso para iniciantes. Produzi as minhas peças e fui para o Rio Grande do Sul me especializar em aço Damasco. Me identifiquei demais com todo o processo que envolve a criação de facas com este tipo de aço já que no meu trabalho diário, a Policia Militar, as maiores virtudes que aprendemos são a perseverança, calma e autocontrole. Muitas vezes começo uma peça com uma ideia e a cada batida no aço ela vai se transformando. AÍ a calma e o autocontrole, que aprendi na corporação, entram em jogo e aquela ideia inicial se transforma em algo completamente diferente. A alegria do resultado final da peça é igual ao que sinto quando terminamos uma ação no trabalho diário. De verdade, recomendo a todos a cutelaria como uma forma de amenizar o estresse diário”, disse Vieira.

E depois de uma verdadeira aula sobre como produzir uma faca artesanal de qualidade, decidimos que iremos organizar um curso de cutelaria para nossos leitores até o final de ano. Mas fiquem ligados que as vagas serão apenas para leitores da Folha Metropolitana e com vagas reduzidÍssimas!

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