TRT determina fim da greve e ônibus voltam a circular aos poucos na cidade

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Mayara Nascimento

A greve de ônibus municipal e intermunicipal afetou a rotina de muitos cidadãos nesta manhã. Por volta das 12h30 o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o fim da paralisação organizada pelo Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Empresas de Transporte de Guarulhos e Região (Sincoverg) e o retorno imediato da circulação dos veículos. Os funcionários começaram a voltar aos seus postos de trabalho por volta das 14h.

Os trabalhadores conseguiram o reajuste linear de 5,07% para todos os benefícios e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi mantida. Apesar da multa de R$ 100 mil por dia parado, o secretário-geral do Sincoverg Wagner Menezes, conhecido como Marrom, comemorou a conquista dos trabalhadores. “Estamos tentando recorrer à multa. Nós saímos vitoriosos e a greve foi um sucesso”, comentou.

O TRT tinha determinado a circulação de pelo menos 50% da frota durante a greve e 70% nos horários de pico, mas isso não aconteceu. Algumas pessoas não foram trabalhar e outras optaram por carros por aplicativo, motivo pelo qual os pontos de ônibus estavam mais vazios que o comum. “Demora muito e passa lotado, nem dá para entrar. A saída foi pedir um carro por aplicativo e pagar para trabalhar”, contou Leandro Nunes, que esperou por 40 minutos para conseguir um transporte público para chegar ao trabalho e não será reembolsado pelo valor adicional que gastou.

Outro passageiro que não quis se identificar, percorreu diversos pontos de ônibus do centro da cidade tentando embarcar. “Qualquer ônibus que me leve até São Paulo já ajuda. De lá é mais fácil se locomover por causa do Metrô”, disse.

Além disso, muitas vans irregulares foram vistas circulando pela cidade para atender toda a população. Algumas delas com valores de tarifa a R$ 5 e oferecendo a possibilidade de pagamento em cartões de crédito e débito.

Prefeitura, EMTU e CPTM adotaram planos de emergência para minimizar os impactos

Logo que foi comunicada da decisão dos trabalhadores pela greve, a Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana (STMU), montou um esquema de emergência para amenizar os problemas que a paralisação causaria para a população.
Com a utilização dos micro-ônibus, que cobriram a maior parte das rotas das 66 linhas paralisadas, o Plano  de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) funcionou bem e evitou maiores problemas durante a madrugada.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que faz rotas intermunicipais, deslocou ônibus da região com o itinerário das linhas que estavam paralisadas para auxiliar no deslocamento dos passageiros.

De forma a ajudar quem precisou chegar a São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) diminuiu o intervalo dos trens da Linha 13-Jade de 20 para 10 minutos, e aumentou a capacidade de transporte de passageiros de sete mil para 10 mil por hora em cada sentido no período de maior movimentação. O número de passageiros embarcados nas estações Aeroporto-Guarulhos e Guarulhos-Cecap aumentou 34%.

Imagem: Mayara Nascimento

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