‘Terras’, que estreia no festival FILME POSSÍVEL, traz reflexão sobre misturas culturais

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Estreia nesta quarta-feira (07), às 19h, o longa-metragem “Terras”, da diretora Maya Da-rin. O documentário será exibido gratuitamente pelo Vimeo da distribuidora Vitrine Filmes e faz parte da programação da Mostra de Longas do Festival de Cinema “FILME POSSÍVEL”, evento 100% online e gratuito viabilizado pelo Funcultura de Guarulhos e pela Lei Aldir Blanc. “Terras” ficará disponível até o dia 14 de abril.

Mas antes, nesta sexta-feira, 9/04, a produção será debatida pelo curador do FILME POSSÍVEL, o cineasta Guilherme Severo, e os idealizadores do Cineclube Caleidoscópio, Nelson Velloso e Edu Oliveira. “O documentário fala sobre o dia a dia da população de duas cidades irmãs, localizadas em uma ilha urbana na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Um retrato de como divisões formais não separam pessoas que vivem em um mesmo contexto. É a união de culturas diferentes em um local separado por fronteiras imaginárias”, explica Severo.

Para Nelson Velloso, o longa traz uma reflexão importante sobre como precisamos uns dos outros, independente do que tentam impor como separação. “Ainda mais em tempos de pandemia, a discussão é relevante, pois vivemos um momento no qual a empatia e o pensar no outro são imprescindíveis”, aponta.

O longa já foi premiado em importantes festivais do Brasil e do exterior, entre eles, o Prêmio “Las Cámaras de La Diversidad”, no 25º Festival Internacional de Cine de Guadalajara; o prêmio de melhor longa no Panorama Internacional de Cinema da Bahia; e o de melhor filme na 9ª Mostra do Filme Livre, Brasil, em 2010.

Atividade de cineclube

O bate-papo desta semana será, na prática, uma verdadeira atividade de um cineclube. Professores do Colégio Parthenon, em Guarulhos, Nelson e Edu criaram (ao lado da colega Simone Tahan) o Cineclube Caleidoscópio, em 2004, dentro da instituição de ensino. E vão levar a atividade para o debate com o Filme Possível.

“Nascemos com o objetivo de levar as discussões sobre cinema e audiovisual para além do que as pessoas comumente consumem nas salas tradicionais. É claro que já exibimos e discutimos, aqui no Caleidoscópio, obras da indústria ‘hollywoodiana’, mas há uma série de produções importantes e interessantes fora desse espectro que queríamos levar aos alunos”, afirma Velloso.

CONFIRA A ENTREVISTA COM NELSON VELLOSO

Segundo ele, depois de mais de 16 anos de atividades, o cineclube atende mais do que os alunos do Parthenon. “Temos frequentadores que são ex-alunos e também de toda a comunidade escolar, como pais e professores”.

Durante a pandemia as atividades presenciais foram suspensas e os professores passaram a exibir filmes por plataformas digitais. “A gente caça algo interessante no Netflix, que é um serviço de streaming acessível, e, depois, abrimos salas virtuais para discussão e debates. É o que queremos fazer nesta sexta, no FILME POSSÍVEL”, completa.

Segundo o curador do festival, aproximar atividades de cineclube é um desejo que ele carrega desde a concepção do FILME POSSÍVEL. “Já tivemos a presença do Edson Murata, que organiza um cineclube importante na cidade, mas também considero a atividade desta semana muito interessante pois se aproxima da essência do cineclubismo, nesse caso, a construção de um espaço virtual para discussão e debate de filmes”, afirma Guilherme. “Será muito importante a participação dos cinéfilos do Caleidoscópio e do público do FILME POSSÍVEL. As atividades de formação de público são essenciais para o audiovisual e inserí-las em contexto de festival, quando que temos paralelamente outras atividades de formação e encontro com realizadores, torna tudo ainda mais interessante. Particularmente, participar disso ao lado de dois professores que foram muito marcantes na minha formação é um privilégio”, completou.

O festival, que traz atividades gratuitas desde janeiro, como cursos, debates, entrevistas e exibição de filmes, ainda tem várias atrações neste mês de abril, como a exibição de longas-metragens; mesas de debate sobre o estereótipo feminino no audiovisual; caminhos para realização do primeiro longa; cinema coletivo, com o premiado cineasta Adirley Queirós; masterclasses (minicursos); e premiação dos melhores curtas produzidos por realizadores de Guarulhos.

Serviço

Estreia do longa-metragem “Terras”

Direção: Maya Da-rin

Quarta-feira, 7 de abril, às 19h (fica disponível até 14/04)

Onde assistir: Vimeo da Vitrine Filmes

Debate sobre o filme, com Gui Severo e o Cineclube Caleidoscópio

Sexta-feira, 9 de abril, às 19h

Onde assistir: Canal do Festival FILME POSSÍVEL no YouTube

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