Temer fica em silêncio durante interrogatório na Polícia Federal

RJ - LAVA JATO/TEMER/PRISÃO - POLÍTICA - O ex-presidente Michel Temer (MDB) ao deixar uma área reservada do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), de onde seguiu para embarque em um avião da Polícia Federal rumo ao Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 21. Temer foi preso na manhã desta quinta-feira, 21, pela força-tarefa da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, acolheu os argumentos do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que Temer seja custodiado na Unidade Prisional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói, na região metropolitana. 21/03/2019 - Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Da Redação

O ex-presidente Michel Temer permaneceu em silêncio durante interrogatório, nesta sexta-feira (22), na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, onde está preso desde a quinta-feira (21). A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela procuradora da República Fabiana Schneider, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Rio.

Segundo Fabiana, dos oito presos na operação, apenas o ex-ministro Moreira Franco aceitou falar, negando ter recebido ou oferecido propina. De acordo com a procuradora, Temer apenas informou, por meio de seus advogados, que não iria falar.

Questionada se os fundamentos dos mandados de prisão eram suficientemente sólidos para justificar a prisão de Temer, Moreira e os demais presos, Fabiana disse que sim, por se tratar de membros de uma organização criminosa estável, que vinha ocultando patrimônio e atuando há cerca de 40 anos.

“A força-tarefa do Rio de Janeiro tem sido bastante comedida nos seus pedidos de prisão. Se não houvesse motivos suficientes para prisão preventiva, com toda certeza, nós não faríamos esses pedidos. Nós estamos absolutamente convencidos da necessidade da manutenção da prisão. A gente está falando de uma organização criminosa que assalta o erário há quase 40 anos, em valores muito superiores aos quais estamos acostumados, de R$ 1,8 bilhão, pelo menos”, disse Fabiana.

Segundo a procuradora, uma eventual soltura dos presos, por força de habeas corpus impetrados no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) poderia atrapalhar as investigações. O TRF2 informou que os pedidos de habeas corpus serão julgados pela 1ª Turma, na próxima quarta-feira (27). “Não é a expectativa que nós temos. Gostaríamos que o nosso pedido continuasse vigente, mas aí é o entendimento de cada magistrado. Pode atrapalhar, tanto que a força-tarefa pediu a prisão”, afirmou Fabiana.

Imagem: Werther Santana/Estadão

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