Sesc Jazz: Orquestra Afrosinfônica se apresenta neste mês no Sesc Guarulhos

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Sob o comando do maestro Ubiratan Marques, a Orquestra Afrosinfônica é um coletivo de pessoas negras que se expressa a partir de uma abordagem decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira. 

Reunindo 23 músicos e estruturada por piano, percussão, sopros, contrabaixos e vozes femininas, a orquestra leva o conceito “afrosinfônico”, designado pelo maestro Ubiratan, às últimas consequências pela consciência do processo cultural da diáspora africana e pelo processo de pesquisa e estudo de repertório. É importante também dizer que essa música de matriz africana é o tripé da música brasileira, ela é praticamente quem sustenta toda a música brasileira.

A Orquestra Afrosinfônica foi criada em novembro de 2009, com o objetivo de dialogar com expressões orais identitárias brasileiras tão resistentes e marcantes quanto a música de matriz africana e dos povos originários, entre tantas outras. 

A exemplo disso, o naipe de vozes femininas da Orquestra foi inspirado nos terreiros de candomblé e no cancioneiro popular. “foi preciso uma ampla pesquisa sobre os cânticos em Iorubá, Mucubal, Quimbundo, Quicongo   – entre outros idiomas trazidos pelos escravos negros ao Brasil e ainda utilizados por seus descendentes, principalmente nos cultos do candomblé, para sintetizar a música afro, que deu origem a toda a música baiana, ligando-a à instrumentação da orquestra e gerando um espetáculo multifacetado, bem representativo da nossa brasilidade”, explica o maestro Ubiratan.

ÁLBUNS

Branco, 2015
[disponível em CD]

ORIN, a Língua dos Anjos, 2021
Álbum indicado ao Grammy Latino 2021
[disponível em LP, CD (Japão) e Plataformas Digitais]
https://links.altafonte.com/orin

COMPOSIÇÃO | ORQUESTRA AFROSINFÔNICA

DIREÇÃO ARTÍSTICA, ARRANJOS, REGÊNCIA E PIANO

Maestro Ubiratan Marques

VOZES

Tâmara Pessôa [chefe de naipe]

Dinha Dórea 

Djara Mahim

Gab Ferruz [convidada]

SOPROS

{MADEIRAS}

Flautas

Nilton Azevedo

Julio Sant’Anna

Clarinetes

Indira Dourado 

Alessandra Leão

Saxofones

Léo Couto – Sax Alto

Nerisvaldo Tukano – Sax Tenor

Vinicius Freitas – Sax Barítono, Sax Soprano [chefe de naipe]

{METAIS}

Trompetes

Everaldo Pequeno [chefe de naipe]

Karen Fernanda 

Trombones

Gilmar Chaves

Toni Jaonitã

Tuba

Carlos Eduardo

PERCUSSÃO

Lucas de Gal [chefe de naipe]

Nem Cardoso [percussão, voz]

Jeison Wilde

Marcelo Tribal

CORDAS

Contrabaixos

Marcus Sampaio

Alexandre Vieira [convidado]

Produção Executiva da Orquestra: Nena Oliveira
Produção Executiva dos Shows: Arueira Expressões Brasileiras
Cenário/Projeções: Filipe Cartaxo

Artes: Vik Muniz

Figurinos: Goya Lopes

Iluminação: Ligia Chaim

Técnicos de som: André Magalhães e Junão Ferreira

Roadie: Vitor Pequeno

Produtoras: Paula Rocha e Maísa Castro

REPERTÓRIO | CONCERTO SESC JAZZ 2022

Abertura EXÚ (vozes) 

Orín [Ubiratan Marques] 

Orixá [Ubiratan Marques] 

Nabeleli Yo [Dodó Miranda] 

Onde estão as Borboletas [Mateus Aleluia/Ubiratan Marques] 

Antahkarana [Ubiratan Marques] 

Ibejis [Ubiratan Marques] 

Omadê Omolilu [Ubiratan Marques] 

Meu Caminhar [Ubiratan Marques] 

Mameto Calunga [Gerônimo Santana/Silvio Ricarti/Ricardo Amado/Ubiratan Marques] 

Maracatu do Congo [Mateus Aleluia/Ubiratan Marques] 

Oxalá [Ubiratan Marques]

MAESTRO UBIRATAN MARQUES | BIO

Natural de Salvador, Bahia, Ubiratan Marques é pianista, compositor, arranjador e educador. 

Tendo iniciado seus estudos como autodidata em 1983, ingressou na Universidade Federal da Bahia em 1986, em Salvador, quando estudou composição com Ernest Widmer, Lindenberg Cardoso e Agnaldo Ribeiro, e na Universidade Livre de Música Tom Jobim em 1994, em São Paulo, quando estudou com Roberto Faria, Cyro Pereira e H. J. Kollreutter. 

Sua vida letiva se iniciou em 1998 na Universidade Livre de Música Tom Jobim, experiência que se estenderia por 10 anos, até seu retorno a Salvador, quando fundou o Núcleo Moderno de Música, experiência que deu o suporte ao desenvolvimento de aproximadamente 500 profissionais e foi o berço para o surgimento da Orquestra Afrosinfônica. 

Ainda em São Paulo, na primeira metade da década de 2000, fundou junto ao Projeto Guri a Orquestra Zumbi dos Palmares, trabalho sinfônico voltado à cultura negra que lhe permitiu atuar como regente dirigindo por dois anos jovens de 8 a 18 anos, embrião que foi da Orquestra Sinfônica Popular Brasileira, que implantou em 2011 junto à Prefeitura de Camaçari, na Bahia, introduzindo o ensino de instrumentos de orquestra a jovens da rede municipal de ensino. O Maestro seguiu, então, dirigindo a Orquestra Afrosinfônica e a Orquestra Sinfônica Jovem Popular Brasileira. Em 2015, incursionou no formato da orquestra experimental de câmara com formações variadas, a que deu o nome de Asé Ensemble. 

O maestro Ubiratan Marques foi fundador da Banda Reflexu’s, uma das primeiras bandas de samba-reggae a conquistarem espaço no eixo Rio – São Paulo com um trabalho musical voltado à valorização da cultura afro-brasileira. Prêmio Medalha Zumbi dos palmares, Medalha Mandela Day, Liberdade e Inclusão, 3 Troféus Caymmi, vencedor como melhor arranjo do Festival de Música Educadora, disco de ouro e platina duplo Banda Reflexu’s. A banda teve o álbum Kabiesselê Indicado ao Grammy Latino, arranjos de Ubiratan Marques.

Ubiratan Marques fez arranjos e trabalhou com: Gerônimo, Maria Bethânia, Johnny Alf, Toninho Horta, Martinália, Chico César, Jorge Mautner, Zé́ Miguel Wisnik, José Celso Martinez, Mateus Aleluia, Maria Alcina, Gilberto Gil, Luiz Melodia, Roberto Sion, Luís Avelima, Lazzo Matumbi, Batatinha, Bocado, Ione Papas, Wilson Simoninha, Cláudio Zoli, Leo Maia, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Batatinha, Baiana System, entre outros. O álbum “Vida de Vajante”, de Maria Dapaz, com arranjos do maestro, foi indicado ao Grammy Latino 2004.

Em 2015 participou do projeto Música e Direitos Humanos, onde a Orquestra Afrosinfônica teve a honra de dividir o palco com Maria Bethânia apresentando show com repertório especial para a ocasião, com músicas do repertório popular brasileiro escolhidas por Maria Bethânia e rearranjadas pelo maestro Ubiratan.

Em 2021, teve seu trabalho frente à Orquestra Afrosinfônica, o álbum ORIN – A Língua dos Anjos, indicado ao Grammy Latino.

Neste ano de 2022, compôs a “Suíte Viramundo”, formada por quatro Movimentos, especialmente para o “Espetáculo Viramundo” em homenagem aos 80 anos do ilustre Gilberto Gil, quando a Orquestra Afrosinfônica teve a honra de dividir o palco com o BTCA – Balé do Teatro Castro Alves.

+ História 

Neto da Mãe de Santo Guiomar, de Belmonte, no sul da Bahia, o Maestro tem como traço marcante de sua obra a influência da música ancestral africana. Se a Orquestra Afrosinfônica se expressa a partir de uma abordagem erudita decorrente de pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira, o Terrero de Jesus promove uma leitura jazzística dos ritmos e cantos próprios de cada orixá́ – os pontos de candomblé́. 

Outro traço marcante de sua obra é a influência da música sertaneja nordestina, trazida também por laços familiares que inundaram sua infância. Se o Grupo Pau D’Arco apresenta uma abordagem pop inovadora, associando a melopeia e ritmos nordestinos a traços estilísticos e convenções do jazz, o trabalho de MPB Sertão dos Anjos tem no “baião lírico” um de seus mais fortes traços estilísticos. 

A despeito do título, Sertão dos Anjos é um dos exemplos de que o Maestro opera em outros registros, neste caso o da “picada” aberta por Heitor Villa-Lobos e pavimentada por Tom Jobim e Edu Lobo, entre tantos, sempre em parceria com poetas que se somam na ambição da “canção perfeita”. Não é possível, portanto, falar de hermetismo na obra do Maestro, seja porque é possível reconhecer o universal em seus “regionais”, seja porque há um conjunto de canções que derivam de outras tradições, e não poderiam ser mais urbanas. 

O erudito e o popular na Obra do Maestro convivem com a música instrumental e a canção em todos os seus trabalhos, a exemplo do xaxado instrumental Arapuca do Grupo Pau D’Arco e do coro feminino na Orquestra Afrosinfônica. 

O Maestro é vários… Cada trabalho tem sua identidade (e complexidade).
Estamos diante de uma evidente personalidade artística. 

CASA DA PONTE | ORGANIZAÇÃO SOCIAL

No Centro Histórico de Salvador, a Casa da Ponte Maestro Ubiratan Marques é conduzida pela crença na transformação através da cultura, da memória e da preservação de nossos patrimônios. Criada em 2018, abriga os Núcleos de Difusão de Música Sinfônica e de Preservação do Patrimônio Histórico, mantendo um espaço dedicado à educação, cultura, diálogo e fruição. Em um lindo casarão do século XVIII, localizado no Largo do Pelourinho, mantém as Orquestras Afrosinfônica e Orquestra Jovem; uma escola dedicada à música, o NMM – Núcleo Moderno de Música; e um centro cultural para a comunicação pública da Obra do Maestro, diálogos criativos com comunidades da cidade, e ocupação por artistas e intelectuais locais e de outras origens. A proposta do Núcleo de Difusão da Música Sinfônica coroa a trajetória do Maestro Ubiratan Marques em seu trabalho de composição, orquestração, criação de arranjos sinfônicos e regência que desempenha à frente da direção das Orquestras.

www.instagram.com/orquestraafrosinfonica

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www.casadaponte.org.br

ORQUESTRA AFROSINFÔNICA no Sesc Jazz

6 e 7/10 (quinta e sexta), 20h. Sesc Pompeia (Teatro). 12 anos. R$ 40/20/12 

8/10 (sábado), 20h. Sesc Guarulhos (Teatro). 12 anos. R$ 30/15/8 

9/10 (domingo), 18h. Sesc São José dos Campos (Ginásio). 12 anos. R$ 30/15/8

Venda de ingressos 

A venda de ingressos será realizada pelo site e aplicativo Credencial Sesc SP e nas bilheterias do Sesc SP. Limite de 4 (quatro) ingressos por pessoa.

SESC JAZZ

De 5 a 23 de outubro de 2022

Programação disponível em: SESCP.ORG.BR/SESCJAZZ e nas redes sociais do @sescsp e unidades participantes.

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