Servidores devem apresentar nova proposta de reajuste salarial

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Lucy Tamborino

Em assembleia realizada ontem no Paço Municipal os servidores decidiram por manter a greve. Eles devem apresentaram hoje uma proposta para a prefeitura. “Nós decidimos que podemos aprovar outra proposta que não seja a inflação. Se a prefeitura ofertar alguma coisa nós vamos votar, se não, nós podemos pegar as propostas que serão aprovadas e negociarmos”, afirmou Pedro Zanotti Filho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap).

Na segunda-feira (27) a categoria recusou a proposta de reajuste salarial decidido pelo Tribunal Regional do Trabalho. Era previsto reajuste progressivo de 2,5%, sendo 1,25% em maio e outros 1,25% em setembro, além de 5% na cesta básica e no vale-refeição (VR).

Em nota, a prefeitura informou que continua atendendo dentro da normalidade à população mesmo com a continuidade da greve. Na área da Saúde a adesão dos funcionários é de 6,73%. As unidades mais afetadas pelo movimento foram as da Região de Saúde São João Bonsucesso, com os seguintes serviços inoperantes: salas de vacina das UBS Nova Bonsucesso e Seródio; farmácia da UBS Água Azul e Allan Kardec; além dos atendimentos de enfermagem e recepção com tempo maior de espera em todas as unidades. Nas demais regiões, o atendimento segue normalmente, com exceção da odontologia na UBS Paulista; além do atendimento parcialmente prejudicado na recepção do Ambulatório da Criança (Centro) e UBS Flor da Montanha, onde o os pacientes agendados estão sendo atendidos, porém, não estão sendo efetuados novos agendamentos de consultas e exames.

Já a Secretaria de Educação está remanejando cozinheiras para atender o maior número de escolas possível e reforçando itens de merenda seca como bolachas e frutas. Em razão da ausência de mais de 30% das cozinheiras, contrariando a determinação do TRT, em algumas unidades o fornecimento da merenda foi prejudicado.

Quase 9 mil trabalhadores deixam de receber cesta básica neste mês

Diante do impasse um total de 8.900 servidores que recebem menos do que R$ 3,4 mil deixarão de receber R$ 115 no pagamento deste final do mês. O valor representa entre 5% e 10% dos vencimentos destes trabalhadores. “A prefeitura fica impossibilitada de efetuar esse pagamento porque faz parte do acordo coletivo de 2018, que previa o repasse até o mês de abril. Para manter o benefício em maio deste ano, é necessário um novo acordo, o que ainda não ocorreu “, afirmou o secretário de Gestão, Adam Kubo.

Na segunda-feira grande parte dos servidores estava disposta a aceitar a proposta da prefeitura que incluía o pagamento dos dias parados até aquela data. No entanto, com a recusa, a administração municipal descontará no pagamento as faltas de quem não registrou o ponto desde o início do movimento, conforme determina a lei.

Imagem: Lucy Tamborino

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