Da Redação
“A Intersetorialidade na Agenda 2030” foi o tema do Seminário realizado nesta terça-feira (26), no Adamastor Centro. Resultado de uma ação conjunta entre as secretarias de Saúde, Meio Ambiente, Serviços Públicos, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, o evento reuniu profissionais de todas as áreas para discutir a implantação de políticas públicas voltadas ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável integram a Agenda 2030, um plano de ação assinado por 193 países para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. O documento, que foi construído durante um encontro de líderes mundiais, em setembro de 2015 na sede da ONU, em Nova York, também estipula metas para o cumprimento de cada um dos ODS.
São eles: 1. Erradicação da Pobreza; 2. Fome Zero e Agricultura Sustentável; 3. Saúde e Bem-Estar; 4.Educação de Qualidade; 5. Igualdade de Gênero; 6. Água Potável e Saneamento; 7. Energia Acessível e Limpa; 8. Trabalho Decente e Crescimento Econômico; 9. Indústria, Inovação e Infraestrutura; 10. Redução das Desigualdades; 11. Cidades e Comunidades Sustentáveis; 12. Consumo e Produção Responsáveis; 13. Ação contra a Mudança Global do Clima; 14. Vida na Água; 15. Vida Terrestre; Paz, Justiça e Instituições Eficazes; 17. Parcerias e Meios de Implementação.
Caminho para o sucesso:
Nina Orlow, arquiteta e urbanista pós-graduada em Construções Sustentáveis, que proferiu a palestra magna “Agenda 2030 e as Políticas a serem implementadas sob o marco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse que esse é o caminho para o sucesso. Ela defendeu que a sustentabilidade somente é possível com a integração das várias esferas de governo, sociedade civil e a ONU, com suas agências e acordos internacionais.
“O novo desafio começou com o lançamento da Agenda 2030, mas as ações precisam ser locais para que o resultado seja global. Todo mundo precisa se engajar para alcançarmos as metas”, salientou. Segundo a palestrante, em outubro de 1945 a ONU já via a necessidade de unir as nações nas questões voltadas à garantia dos direitos humanos. Contudo, ela explicou que a preocupação com o Meio Ambiente veio à tona em 1962, com o lançamento do livro “Primavera Silenciosa”.
A obra da bióloga norte-americana Rachel Carson, retrata o desaparecimento de espécies de pássaros, cujo canto foi diminuindo progressivamente até não ser mais ouvido na primavera daquele ano. No livro, a escritora descreve a ameaça que pairava sobre as águias, símbolo de seu país, por conta do uso excessivo de agrotóxico já naquela época, bem como aponta os efeitos hormonais dos inseticidas e impactos sobre a reprodução humana, sugerindo que o câncer tem como uma de suas raízes os venenos agrícolas.
Na avaliação de Nina Orlow, muitos programas desenvolvidos no município já contemplam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com destaque para as Práticas Integrativas e Complementares do SUS, que a palestrante considerou genial. “Guarulhos é um terreno muito fértil para que as coisas avancem e realmente aconteçam”, disse.
O Seminário ainda teve Mostra de Experiências Exitosas do Programa Saúde na Escola – Eixo Saúde Ambiental; Contextualização – Guarulhos Saudável e Sustentável, com Roberto Carlos Marcondes de Campos, Educador e Gestor Ambiental; 2º Encontro Guarulhos Saudável e Sustentável; e Mesa: Impacto do Plástico sob a Ótica da Água, Resíduos, Biodiversidade e Arboviroses, com os palestrantes: Plínio Tomaz, Engenheiro Civil, fundador do SAAE; Madalena Rodrigues, Especialista em Gestão Pública, Fabio Moreira, Biólogo, e Patrícia de Oliveira Nascimento Silva, Bióloga, Especialista em Saúde Coletiva.
Imagem: Sidnei Barros/PMG