Da Redação
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou ontem a denúncia contra os seis envolvidos do roubo do GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica. Quatro deles já foram detidos e dois estão foragidos. O roubo no Terminal de Cargas causou um prejuízo de mais de R$ 110 milhões.
Entre os presos estão Peterson Brasil, Peterson Patrício, Célio Dias e um cujo nome não foi divulgado, mas seu apelido é “Capim”. Os envolvidos agora se tornaram réus por roubo qualificado, integrar organização criminosa armada e adulterar sinal identificador de veículos automotores.
Os ladrões conseguiram roubar 769.9 quilos de ouro, além de 15 quilos de esmeraldas brutas, 18 relógios e um colar de luxo. A carga é avaliada em mais de R$ 125 milhões. Segundo a Polícia Civil, o ataque contou com a participação do funcionário do aeroporto Peterson Patrício. Ele teria sido responsável por passar informações privilegiadas mas chegou a ter a família sequestrada pela quadrilha para garantir que levaria o plano até o fim, dizem investigadores. A polícia trabalha com o número de 14 integrantes na quadrilha.
Entre os que permanecem em liberdade está o homem apontado como mentor intelectual do grupo. Trata-se de Francisco Teotônio da Silva Pasqualine, conhecido por Velho, que tem histórico de assalto a bancos desde a década de 1980, segundo a Polícia Civil
O outro foragido é Joselito de Souza, que seria amigo de Capim e proprietário de um estacionamento usado pela quadrilha para transformar os carros em viaturas clonadas da PF. Os veículos foram comprados pelo bando especificamente para cometer o assalto, de acordo com a investigação.
Já Peterson Brasil, que é cunhado do Velho e amigo de infância de Peterson Patrício, teria sido responsável por cooptar o funcionário do aeroporto para o assalto. O último detido é Célio Dias, acusado de ter definido o local para intermediar a fuga. Ele foi autuado em flagrante por estar com um carregador de fuzil contendo projéteis calibre 7.62 mm.
Imagem: Mayara Nascimento
