Lucy Tamborino
Guarulhos deu início nesta terça-feira (19) a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo para jovens de 20 a 29 anos. Para isso, o município recebeu a médica Helena Sato, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo. Ela conduziu uma roda de conversa para profissionais de saúde sobre o tema: “As pessoas estão se vacinando menos? Por quê?”. A profissional destacou que a vacina evita a morte e se constitui como estratégia primordial de qualquer programa de proteção à saúde.
“Se o vírus do sarampo entrou no país é porque a cobertura vacinal estava baixa”, explicou Helena. A profissional defendeu que mesmo o Brasil tendo um dos programas mais completos de vacinação no mundo precisa lidar com problemas neste sentido. Devido à erradicação de diversas doenças, a população tem a percepção que esses vírus desapareceram, o que não é verdade. Outros pontos foram as fake news que tiram a credibilidade das vacinas, além da desinformação.
Segundo a médica, dos 14 óbitos registrados por sarampo no estado até agora, sete foram de crianças, entre elas um bebê de 26 dias de vida, que contraiu a doença porque a mãe não havia sido vacinada, uma vez que a proteção da vacina passa de mãe para filho. “Com a circulação do vírus do sarampo o Ministério da Saúde antecipou as ações de vacinação. A vacina está sendo aplicada a partir dos seis meses de vida, mas essa dose aplicada entre seis meses e menores de um ano é chamada dose zero, porque a proteção é 70%”, completou destacando a necessidade da imunização com outras duas doses: uma com 12 meses e outra com 15 meses de idade.
Imagem: Lucy Tamborino
