Da Redação
Teve início hoje, o 9º Seminário Estadual Água e Saúde, que nesta edição tem como tema: “O que nos faz beber água da torneira?” O evento, que reúne mestres, doutores e consultores internacionais no Sesc Guarulhos até amanhã conta com várias mesas de debate e rodas de conversa, sendo que uma delas foi mediada pela secretária municipal de Saúde, Ana Cristina Kantzos juntamente com o arquiteto e urbanista Luiz Sergio Ozório Valentim.
A roda de conversa discutiu as iniciativas para promover a água potável a partir de relatos de dois projetos, com a participação dos autores: “Água na jarra”, que incentiva o consumo responsável da água e a redução dos plásticos descartáveis, criada por Letycia Janot, economista e membro do Climate Reality para conscientização do público sobre as mudanças climáticas e seus impactos. E também do documentário produzido por Sergio Lopes, sócio diretor da Conteúdos Diversos “A água que falta”, que alerta sobre as relações nocivas que estabelecemos com nossos mananciais.
Seminário
Uma realização conjunta do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública da USP, Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água, Sesc – Serviço Social do Comércio e Prefeitura de Guarulhos, com apoio de outras entidades de notória inserção no tema, o evento pretende propõe um amplo panorama de discussões e sensibilizações acerca dos possíveis caminhos que aprimoram a oferta de água potável.
Na abertura do Seminário, a representante do Sesc Guarulhos, Denise Baena, disse que o evento é muito apropriado para este momento em que somos desafiados a pensar novas formas de gestão dos bens naturais. “Esse evento reúne esforços para chamar a atenção sobre a gestão responsável e compartilhada da água, dentro de uma perspectiva de patrimônio comum e da necessidade de se garantir um presente e futuro saudáveis”, disse.
Adelaide Nardocci, docente da Faculdade de Saúde Pública da USP, disse que uma das maiores responsabilidades na atualidade é trabalhar em parceria com a sociedade na discussão, reflexão e busca de soluções para as questões de saúde e qualidade de vida. “Eventos como este se consolidam como espaços importantes para esses debates”, destacou.
Representando Marcos Penido, secretário estadual de Meio Ambiente, Rui Brasil lembrou que qualquer deslize na estação de tratamento de água, na Vigilância Sanitária e nos órgãos de gestão, as conseqüências são muito sérias para toda a sociedade. “É muito importante trabalhar este tema conjuntamente desta forma, porque não há como se falar em água sem trabalho integrado e multidisciplinar”, ressaltou.
O secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, também se fez representado por Sérgio Valentim, que defendeu uma vigilância eficaz dos recursos naturais. “O consumidor espera e tem como natural abrir a torneira para obter água. E deve ser assim, mas por trás disso existe um mundo de realizações para abastecer 45 milhões de pessoas, e as Vigilâncias Sanitárias têm papel fundamental neste processo”, explicou.
Com o tema “O que nos faz beber água da torneira?”, esta edição discute a complexa rede produção de água potável, que incluem: coletas e análises laboratoriais regulares de amostras de água bruta e potável, estações de tratamento e redes de distribuição, vigilância agropecuária do uso de agrotóxicos, monitoramento das doenças diarréicas agudas e das de veiculação hídrica, inspeções sanitárias, controle ambiental das fontes e urbanístico do uso e ocupação do solo em áreas de mananciais, entre outros, bem como medidas para aprimorar o processo.
Fonte: Prefeitura de Guarulhos