Saúde abre o mês de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

Desde 2010 o Governo do Pará disponibiliza ao cidadão o teste rápido para detecção do vírus HIV, uma forma segura, eficaz e praticamente imediata de descobrir se o indivíduo é portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (do inglês, Human Immunodeficiency Virus). Embora a doença ainda desperte certo preconceito, a importância da informação e da conscientização da sociedade como um todo é primordial para garantir que a pessoa infectada tenha acesso ao tratamento o mais cedo possível, de forma a assegurar uma vida praticamente normal. FOTO: MÁCIO FERREIRA / AG. PARÁ DATA: 01.12.2017 BELÉM - PARÁ
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Da Redação

O combate às infecções sexualmente transmissíveis – IST/aids será o foco das ações de promoção à saúde nos serviços da rede municipal no próximo mês, chamado de Fevereiro Pink pelo Programa Movimenta Saúde. Um leque de atividades foi preparado com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o tema, especialmente do público jovem, entre o qual tem se observado aumento do número de casos de HIV e sífilis.

Dados do Boletim Epidemiológico do Estado de São Paulo de 2018 mostram que nos últimos dez anos (2008 a 2017) 7.959 jovens de ambos os sexos adoeceram vítimas da aids no estado, apontando para a gravidade do curso da infecção nesta faixa etária. Neste período, a taxa de incidência da doença em pessoas do sexo masculino de 15 a 19 anos triplicou, saltando de 2,0 para 7,0 por 100 mil habitantes ao ano, enquanto na população de 20 a 24 anos o indicador duplicou, passando de 17 para 32 por 100 mil ao ano no mesmo período.

A taxa de detecção de sífilis adquirida vem aumentando anualmente no Estado de São Paulo, com importante incremento em 2011, depois que a doença se tornou agravo de notificação compulsória em todo o Brasil. Esse aumento pode ser atribuído, além da redução da subnotificação de casos, à importante elevação da notificação na população mais jovem, em especial na faixa etária de 20 a 24 anos em ambos os sexos. Em relação à sífilis em gestante, em 2018, mais da metade dos casos do Estado (56%) se concentraram em mulheres com menos de 25 anos.

Por isso, a programação do Fevereiro Pink tem por objetivo ampliar o acesso à prevenção das IST/aids, principalmente junto às populações mais vulneráveis, com ênfase em jovens. Sendo assim, dentre as ações que serão desenvolvidas durante todo o mês de fevereiro destacam-se a ampliação da oferta de testes rápidos para a detecção do HIV, sífilis e hepatites virais, exibição de vídeos educativos, caminhada, atividades lúdicas, entre outras.

Ponto forte

Um ponto forte da campanha do Fevereiro Pink será a divulgação de duas importantes estratégias de prevenção: as chamadas PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) e PrEP (Profilaxia Pré-Exposição). A PEP consiste na utilização de antirretrovirais de forma imediata, para reduzir o risco de infecção nas pessoas que possam ter entrado em contato com o HIV pelo sexo sem camisinha. A medicação deve ser iniciada em até 72 horas após a possível exposição e tomada durante 28 dias. Por se tratar de uma urgência médica, a PEP está disponível em todas as UPAs e serviços de pronto-atendimento de Guarulhos.

Já a PrEP é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus de forma contínua, ou seja, todos os dias. Com a presença do medicamento no sangue, no momento do contato com o HIV, este não consegue se estabelecer no organismo. A PrEP pode ser uma boa estratégia para pessoas em situação de grande vulnerabilidade com dificuldade de aderir a outras opções e ferramentas de prevenção naquele momento de vida. A medicação está disponível no CTA Ubiratan Marcelino dos Santos, mediante avaliação médica.

“Quando se fala de sexo seguro, sempre nos lembramos do uso de preservativos, que é uma importante forma de prevenção para o HIV, mas não é a única. Hoje pensamos prevenção como uma combinação de diferentes estratégias que se adaptem ao momento de vida de cada pessoa. Além dos preservativos, ofertamos testes para o diagnóstico do HIV e outras doenças, tratamento das ISTs e das pessoas que já vivem com HIV, bem como essas duas importantes estratégias: a PEP e a PrEP”, explica o coordenador do Programa Municipal de IST/aids, Ricardo Gamboa.

Fonte: Prefeitura de Guarulhos

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