Professor da UNG destaca que avanço do marketing de influência gera nova tendência no consumo e na formação profissional

Foto: Freepik
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O marketing de influência consolidou-se como uma das principais estratégias de comunicação da atualidade. Para o professor Alex Francisco, coordenador dos cursos de Comunicação Social da Universidade Guarulhos (UNG), o fenômeno ultrapassa o universo da publicidade e redefine comportamentos, consumo e formação profissional.

“Os influenciadores digitais se tornaram novas referências sociais. Eles falam com autenticidade e geram vínculos reais com o público. Isso muda hábitos, valores e até a construção de identidade dos jovens”, afirma o docente, especialista em marketing digital e mídias sociais.

Segundo ele, o impacto é direto também nas universidades. “Na UNG, reformulamos a grade para incluir disciplinas sobre produção de conteúdo, branding pessoal e estratégias com influenciadores. O mercado exige hoje profissionais com visão estratégica e sensibilidade ética”.

Alex complementa: “A comunicação atual é horizontal. São as vozes reais, próximas do público, que conquistam autoridade. O aluno precisa entender que construir influência vai além de números — é sobre reputação e coerência”.

Conexão real e transformação digital

A influenciadora Alexia Loren, que reúne mais de 150 mil seguidores, ilustra essa mudança com sua própria trajetória. “No início, eu copiava outros perfis. Promovia roupas que não combinavam comigo. Quando decidi ser eu mesma, mostrando minha rotina e meus gostos, a rede explodiu. As pessoas se identificaram”.

Ela reforça que a autenticidade é o maior diferencial: “Hoje, as marcas me procuram porque sabem que meu público confia no que eu digo. Represento não só produtos, mas um estilo de vida com o qual as pessoas se sentem conectadas. Ser de verdade atrai quem é como você”.

Narrativa com propósito

A mentora de posicionamento digital Chris Kumakola, que já conduziu mais de 400 mentorias, é direta: “Influência sem narrativa é espuma — e espuma desaparece. Destaca-se quem sustenta sua verdade com coragem e estratégia”.

Ela reforça que visibilidade não é o mesmo que influência: “Não é quem grita mais alto que se destaca, mas quem constrói presença com inteligência emocional e propósito. As pessoas não querem perfeição — querem conexão”.

Chris também alerta para um erro comum: “Muita gente tenta se vender com fórmulas copiadas. Mas autoridade nasce da coerência entre sua história e sua presença. É preciso se posicionar mesmo antes de ser reconhecido”.

Mercado e tendências

Segundo a Influencer Marketing Hub, o mercado global de marketing de influência deve ultrapassar US$ 24 bilhões até 2025. No Brasil, R$ 1,5 bilhão são investidos anualmente nessa área, de acordo com a YOUPIX. E 92% dos consumidores dizem confiar mais em recomendações de pessoas do que em marcas (Nielsen).

“O consumidor atual exige autenticidade. Ele percebe quando há exagero ou desconexão. Por isso, o relacionamento entre marcas e influenciadores precisa ser estratégico, coerente e baseado em valores verdadeiros”, finaliza o professor Alex Francisco.

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