Prefeitura transfere 150 famílias da Comunidade da Fiat para Conjunto Habitacional

Assunto: Comunidade Fiat remoção Local: Data:22.05.2018 Foto: Fabio Nunes Teixeira
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A Prefeitura trasnferiu as 150 famílias que viviam na comunidade da Fiat, localizada na Ponte Grande, para unidades do Conjunto Habitacional Vila Pimentas II, no Pimentas, entregues pelo prefeito Guti, no último mês de abril. Acompanhada pela equipe do Departamento de Ação Comunitária, da Secretaria de Habitação, a mudança dos cerca de 700 moradores teve início no último dia 14. A demolição das moradias deve ser realizada nesta quarta-feira, dia 23, pela Proguaru. O local, que servirá para futuros equipamentos educacionais, foi desapropriado em 2010 pela administração municipal, que indenizou o proprietário em R$ 8 milhões.

Segundo o secretário de Habitação, Fernando Evans, o trabalho da pasta não termina ao fim da realocação das famílias. “Com a transferência, uma parte importante de nosso trabalho é concluída. No entanto, começamos com o trabalho técnico social, que consideramos fundamental porque trata de integrar estas famílias em um ambiente completamente novo e diferente do que eles viveram aqui”, disse Evans.

O trabalho técnico social, de acordo com o gestor, incluiu a preparação dos moradores para a convivência em condomínio e ocorreu antes da transferência. Além disso, disponibiliza cursos profissionalizantes que visam o bem-estar da comunidade como odeformação de síndico, oficina de cooperativismo, atitude empreendedora e economia solidária. Oferecem também cursos de preparação para o mercado de trabalho como designer, esteticista, recepcionista, telemarketing, entre outros.

Felicidade

Dos 40 anos vividos, o conferente Odair José França, passou 36 na comunidade Fiat. Nascido em Icó (CE), ele veio para Guarulhos aos quatro anos. Casado há 18 anos e pai de um menino de 12 anos, o cearense sempre soube que um dia teria que sair do local. “É difícil morar num lugar e saber que um dia terá que sair. A gente não pode investir aqui porque uma hora tem que sair”, afirmou.

O morador conta que em 1992 viu chegar pela primeira vez o oficial de justiça com ordem para desocupação do terreno. “Em 2010 e 2016 foi tudo de novo. Foram vários pânicos que passamos com oficiais de justiça, mas, graças a Deus, tudo se resolveu. Não tem coisa melhor do que morar no que é da gente. Não tem o que reclamar. É só felicidade”, explicou Odair. Ele foi realocado para um dos apartamentos do conjunto habitacional,viabilizado por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. O imóvel possui dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia, além estacionamento, salão de festas, área de lazer, infraestrutura completa com pavimentação, rede de água e esgoto, energia e gás encanado.

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