Preço do sedã não para de subir

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Da Redação

Os SUVs estão invadindo o mercado de forma avassaladora. E as montadoras parecem estar gostando disso e incentivam o consumidor a comprar esse tipo de veículo. Tanto que o preço dos utilitários foi o que menos subiu nos últimos três anos. O segmento campeão de aumento foi o de sedãs médios, cujo líder de vendas no Brasil é o Toyota Corolla.

Enquanto o preço médio dos três-volumes (inclui todas as opções à venda no país) saltou de R$ 65.247 em 2015 para os atuais R$ 101.781 (uma alta de 56%), o valor médio dos SUVs subiu 22,5% – de R$ 80.283 para R$ 98.365 – no período.

O levantamento, feito pela Jato Dynamics, aponta outros aumentos significativos nos últimos três anos, como o dos hatches compactos, categoria liderada pelo Chevrolet Onix. Esses carros, que custavam em média R$ 45.615 em 2015, agora saem a R$ 56.485 (alta de 23,8%). O chamado segmento de entrada teve o segundo maior aumento no período. Já a divisão de sedãs compactos, cujo mais vendido é o Chevrolet Prisma, não seguiu a tendência de alta. O preço médio subiu 21,33%, de R$ 48.371 para R$ 58.692 entre 2015 e 2018.

É preciso registrar que vários sedãs médios ganharam novas gerações nesse período e todas trazem mais inovações tecnológicas. Mas, como houve um grande número de estreias também de SUVs, não dá para apontar esse fator como o único responsável pela discrepância nas altas de preços.

Para o presidente da Jato Dynamics, Vitor Klizas, a variação de aumento por segmento tem a ver com mudanças no perfil do consumidor, que ficou mais exigente em relação à oferta de itens nos veículos. Ele diz que isso fez com que as montadoras aumentassem o foco em configurações com maior nível de tecnologia.

“Itens como controle de estabilidade e auxílio de partida em rampa passaram a ter relevância até mesmo entre os dez carros mais vendidos do mercado brasileiro. Com isso, os sedãs médios tiveram que ser atualizados em suas listas de equipamentos”, afirma Klizas.

Imagem: Paulo Pinto/Fotos Públicas

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