Polícia Federal apreende mais de duas toneladas de drogas neste ano

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Lucy Tamborino

A Polícia Federal apreendeu cerca de 2,4 toneladas de drogas desde janeiro até setembro deste ano no GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica. Mais de uma tonelada em relação ao ano passado, quando foi apreendida, aproximadamente, 1,3 tonelada no mesmo período.

A fiscalização é feita pelo próprio sistema do GRU Airport que analisa as bagagens dos passageiros, uma equipe da Polícia Federal, além de um canil e uma unidade de inteligência, segundo Rodrigo Weber de Jesus, responsável da Polícia Federal do aeroporto.

As drogas apreendidas pela PF são escondidas pelos traficantes em malas com fundos falsos, dentro de alimentos e sola de sapatos ou ingeridas por passageiros, as “mulas”, como são chamadas as pessoas que levam drogas para fora do país. A principal droga comercializada pelos traficantes presos no GRU Airport é a cocaína, representando mais de 90% de todas as apreensões desde 2016.

O número de brasileiros presos por tráfico de drogas no terminal também aumentou. Neste ano, a nacionalidade representa mais de 39% dos presos e lidera o ranking com 81 pessoas presas, logo atrás dos africanos, com 47, segundo dados de janeiro a setembro.

Há dois anos, a diferença entre brasileiros e africanos presos por tráfico de drogas era de mais de 17%, com liderança dos africanos. Em contrapartida, no ano passado, a diferença entre as nacionalidades representou uma diferença de menos de 2%. Contrariando a inclinação de liderança africana, este ano os brasileiros lideram o número de presos com mais de 16% em relação aos africanos.

Segundo Jesus, não é possível confirmar por meio de dados que o aumento de venda de drogas por brasileiros esteja relacionado com a crise, mas é frequente as crises econômicas influenciarem o aumento de tráfico de drogas por nacionalidade. “Já aconteceu com países europeus”, pontua.

Imagem: Divulgação

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