Patrulha Maria da Penha completa seis meses no trabalho em apoio às mulheres vítimas de violência

Assunto: Patrulha Maria da Penha Locall: Paço Municipal Data:23.01.2019 Foto: Fabio Nunes Teixeira
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Da Redação

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados divulgou nesta quinta-feira (28) um Mapa da Violência contra a Mulher com índices alarmantes: no ano de 2018 foram registrados 68.811 casos de agressão contra a mulher. As violências foram classificadas como importunação sexual, violência online (crimes contra a honra), estupro, feminicídio e violência doméstica, sendo que nesta última foram quase 15 mil casos. A maioria das vítimas tem entre 18 e 59 anos de idade.

Com o objetivo de punir com mais rigor os autores desse tipo de violência, foi criada a Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. A lei recebeu esse nome em homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após levar um tiro do próprio marido.

Para fazer valer os direitos da Lei, foi instituída a Patrulha Maria da Penha. Em Guarulhos, a Patrulha iniciou seus trabalhos em agosto de 2018, com o objetivo de assegurar o acompanhamento e o atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, fiscalizando as medidas protetivas determinadas judicialmente. No ano passado, foram acompanhadas 15 medidas protetivas. Neste ano, até o momento, já são 25 em atendimento.

Frente à Patrulha Maria da Penha, a gestora Darcy Maria Feitosa dos Santos fala um pouco sobre o cotidiano de dor dessas mulheres. “As mulheres atendidas pela Patrulha têm um histórico muito triste de agressões. Nós queremos ajudá-las a dar a volta por cima, a recomeçar uma nova vida. O cenário é de desespero, muitas dessas mulheres são vítimas por anos, sofrem agressões físicas e ameaças constantes. Algumas não podem mais trabalhar, outras para continuar vivas têm que sair da cidade com seus filhos, abandonar tudo”, salienta.

A inspetora Darcy ingressou na Prefeitura como guarda civil 3ª classe, em 1.998, de lá pra cá, trabalhou muito e foi vencendo cada desafio. Comandou unidades de patrulhamento na área do centro, área oeste e sul. Hoje, trabalha como gestora da Inspetoria de Patrulhamento e Ações Sociais Preventivas (IPASP), que inclui a Patrulha Maria da Penha, a Patrulha Escolar e o Guard.

“Nesses anos todos foram muitos os desafios. Vivemos numa sociedade ainda muito machista. Nessa área de segurança tem muitos homens com esse perfil e para uma mulher comandar os homens é muito difícil! Mas, o mundo está mudando e aos poucos as mulheres estão assumindo o papel de protagonista da própria vida. Esse também é um trabalho que fazemos na Patrulha, resgatar a autoestima dessas mulheres para que elas não se enxerguem apenas como vítimas e sim responsáveis pela própria história.”

Imagem: Fábio Nunes Teixeira/PMG

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