Lucy Tamborino
Moradores do Jardim Nova Canaã estão apreensivos após terem a informação de confirmação de dois casos de sarampo na região. Segundo eles, a vacinação que deveria acontecer para a região foi feita apenas na família dos doentes. A vacina teria sido negada pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Normândia, que é a mais próxima.
“Eu fui à unidade na quinta-feira e eles só deram a vacina para minha filha de 18 anos que está dentro da faixa etária da campanha. Para mim, disseram que eu já tinha tomado as doses necessárias, mesmo eu informando que a minha vizinha estava com a doença”, afirmou uma moradora que preferiu não se identificar.
A Secretaria de Saúde afirmou que a informação não procede, porque os casos de sarampo no Jardim Nova Canaã estão sendo tratados, neste momento, como suspeitos. E que a recomendação do Ministério da Saúde e da Vigilância Epidemiológica Estadual é para fazer o bloqueio do vírus com a vacinação apenas dos contatos próximos da pessoa infectada.
A pasta ainda destacou que somente depois da confirmação do caso, por meio de exames laboratoriais analisados pelo Instituto Adolfo Lutz e Fundação Fiocruz, é que deverá vacinar todos os moradores que estão com as doses em atraso, dos oito quarteirões ao redor de onde houve a confirmação.
O esquema vacinal contra o sarampo prevê a primeira dose da vacina tríplice viral SCR, que previne contra sarampo, rubéola e caxumba, quando a criança tem um ano de idade. A segunda, chamada de reforço, é dada aos 15 meses, com a Tetra Viral, que além das três doenças anteriores, inclui a varicela. E crianças maiores de sete anos e indivíduos até 29 anos devem ter duas doses de SCR. Adultos acima de 30 anos e os nascidos a partir de 1.960 devem ter pelo menos uma dose da SCR.
Imagem: Lucy Tamborino