Modelo americano de financiamento estudantil é alternativa para formar desenvolvedores brasileiros

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A mão de obra qualificada nunca ganhou tanto destaque como nos dias de hoje, pois, diante da pandemia, enfrentamos desafios também no mercado de trabalho, que exige profissionais cada vez mais capacitados, especialmente na área de tecnologia. Alguns dados não me deixam mentir. Estima-se que, até 2024, a área de Tecnologia da Informação (TI) terá demanda por 70 mil profissionais anualmente, conforme estudo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). 

Ainda, segundo a pesquisa, o país atua na formação de 46 mil pessoas na área de TI a cada ano, apresentando um déficit de 24 mil especialistas por ano. Se, de um lado, o mercado de TI prevê diversas vagas em aberto, do outro, a falta de qualificação penaliza a força de trabalho do país. O desemprego atingiu 12,8 milhões de pessoas no país, segundo levantamento realizado pela  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Além disso, entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desemprego chegou a 27,1% no primeiro trimestre de 2020. Na área de TI, por exemplo, 35% dos cursos de tecnologia no Brasil estão abaixo dos níveis mínimos de qualidade esperados pelo mercado, segundo pesquisa da McKinsey & Company, consultoria empresarial americana. 

Embora tenhamos bons cursos de tecnologia, o cenário de desemprego se mostra um grande entrave para o pagamento das mensalidades, já que o custo total pode ficar entre R$ 30 mil a R$ 80 mil, dependendo da duração, da faculdade e da localização. A boa notícia é que o mercado brasileiro já conta com o modelo americano de financiamento estudantil Income Share Agreement (ISA), que permite ao aluno fazer o curso de forma gratuita, pagar somente após sua conclusão e ter um total alinhamento de interesse com a escola.

Além de uma tendência mundial para potencializar a força de trabalho de um país, contribuindo para o desenvolvimento econômico, o método ISA permite que milhões de pessoas, que não têm recurso, ingressem em um curso de alto nível. Essa é uma opção competitiva para o profissional que deseja atuar com programação, pois ele é preparado para preencher vagas altos salários, podendo ter ganhos de até R$ 14 mil por mês conforme o nível de senioridade alcançado durante a carreira. Essa inovação no custeamento do curso é a porta de entrada para o sucesso e transformação da vida de quem deseja se aperfeiçoar ou mesmo migrar para essa área que é tão desafiadora e repleta de oportunidades. 

DANIEL KRIGER

cofundador e CEO da Kenzie Academy Brasil. É formado em Administração com MBA na Ross School of Business – University of Michigan

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