Meu amigo, o Algoritmo!

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Meu amigo, o Algoritmo!

Olá amiguinhos! Hoje vamos falar sobre o poder destes caras na web. Mas o que são esses famigerados algoritmos? E o que eles têm a ver com o meu dia a dia? Por definição, algoritmo é uma sequência lógica de instruções numéricas quase tão antigas quanto o pensamento matemático e que são utilizadas para as máquinas resolverem problemas e executar tarefas, mais ou menos como dar uma receita para os computadores trabalharem, ou melhor, é o nosso “Google Translator” para fazer as máquinas entenderem nossas ordens e acima de tudo TRAÇAR PADRÕES, colocando-os todos em gavetas virtuais entiquetadas, classificando você e seus amiguinhos conforme seus padrões de comportamento. É aí que a coisa começa a interessar para nós, meros mortais.

Vamos começar por um dos algoritmos do Facebook, o EdgeRank. Este cara por exemplo, é o algoritmo do feed de notícias do Facebook, que filtra as publicações e prioriza o conteúdo que julga ser relevante ou não para você. Para fazer este cálculo, o EdgeRank leva em consideração 3 fatores: AFINIDADE, que é definida pelo quanto você interage com seus amigos em visitas a perfis/páginas, deixando mensagens e marcações no mural, curtindo, visualizando e compartilhando. Em seguida, a RELEVÂNCIA, que pesa a receptividade das pessoas diante de suas publicações, ou seja, o quanto clicarem, curtirem, comentarem e compartilharem, a mensagem vai sendo exibida para mais e mais pessoas. A relevância também pode ser relacionada aos tipos de publicações, como por exemplo, fotos e vídeos que são mais relevantes que textos e links. Por fim, temos o TEMPO, que é exatamente o tempo que sua mensagem consegue manter-se no topo da timeline, interagindo com seus amigos. Por fim, o Facebook coloca tudo isso em um caldeirão e classifica você e seus amiguinhos, dizendo quem tem afinidade com quem, e o que é mais importante mostrar a um e menos importante para outro.

O Google com os algoritmos PageRank e Panda medem a relevância dos sites e os classifica naquela listinha que te apresenta a cada busca, com 1.000.000 de resultados em menos de 1 segundo. E agora, o mais legal, é que estas mesmas continhas são feitas com suas pegadas digitais, ou seja, tudo o que você visita, clica, curte e compartilha, que cai naquela “gaveta” com outros que tiveram as mesmas preferências (curtidas), ou que estiveram nos mesmos lugares (por GPS) ou que procuram os mesmos produtos (buscas), o que permite, não só ao Facebook, mas ao Google e todas as demais Redes Sociais, venderem anúncios que podem ser entregues exatamente para quem deseja recebê-los. Por exemplo, se o Facebook percebe que se um homem de 40 anos casado muda o seu padrão de amigos, fazendo mais amigas mulheres por exemplo, seguindo alguns raciocínios matemáticos e cruzando estas informações com outras semelhantes, ele julga haver grandes chances de que ele venha a se divorciar, e daí, pode oferecer produtos que recém divorciados queiram comprar como por exemplo, roupas novas, carros, ingressos para baladas e até mesmo alugar um novo apartamento.

Outro caso interessante é de um pai nos EUA que foi reclamar em uma farmácia que achava um absurdo sua filha adolescente receber oferta de anticoncepcionais, e só depois descobriu que a farmácia sabia que sua filha estava grávida antes dele, pelas consultas que ela fazia na web. Com isso amiguinhos, podemos concluir que estes gênios da informática talvez possam entender mais sobre nós do que nós mesmos!

E você, que pegadas digitais anda deixando pela web?

André Logello Lima
Gestor da agência RedPill Estratégia e Marketing e coordenador do curso de pós-graduação em marketing digital e e-commerce do Senac Osasco

Imagem: USP Imagens

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