Maternidade pet: cuidados durante a gestação e os primeiros meses de vida do filhote

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Da Redação

A chegada de um filhote, seja de gato ou cão, na família é sempre motivo de grande alegria para quem deseja ter um pet. O amor humano-animal acontece desde o primeiro contato e os benefícios desta relação são inúmeros para ambos. Mas antes do pet chegar até um lar, alguns acontecimentos importantes se iniciam já previamente à gestação.

Antes de uma cadela ou gata ficar prenha, é importante que elas estejam saudáveis, e que seu par para cruzamento também seja igualmente saudável. Trata-se de condições essenciais para que a ninhada tenha um bom começo de vida.

A médica-veterinária e gerente de comunicação científica da Royal Canin Brasil, Natália Lopes, explica alguns cuidados e fatos curiosos sobre a maternidade pet e a trajetória do desenvolvimento de um filhote para que ele cresça forte e saudável.        

A gestação de uma gata dura, em média, em torno de 65 dias, embora possa chegar a 72 dias. Durante os primeiros dois terços da gestação, o corpo concentra-se em ganhar gordura para desenvolver os filhotes e armazenar para a produção de leite. No último terço, todo peso que ela ganhar é proveniente do crescimento dos gatinhos. Na reta final, a fêmea pode apresentar mudanças no comportamento, como no apetite. “É comum que a fêmea coma menos nesta fase porque os filhotes acabam comprimindo um pouco o estômago”, explica Natália.

Durante a gestação, uma boa alimentação é de extrema importância para ajudar a garantir a saúde da mãe e o bom desenvolvimento dos filhotes. A Médica-Veterinária conta que uma cadela ou gata prenha, por exemplo, precisa de até 30% a mais de energia nesta fase, pois “os nutrientes ajudam na formação do feto e na produção do leite”. Por isso, é fortemente recomendado que um Médico-Veterinário acompanhe todo o pré-natal e faça a indicação mais apropriada para o momento e condição de saúde.

Assim que chega ao mundo, o grande desafio do filhote é tornar-se autônomo para respirar, se aquecer e se alimentar. Para apoiá-lo e dar mais conforto à mãe, é importante preparar adequadamente a caixa de parto. A caixa de parto, ou “ninho”, pode ser uma caixa plástica ou de outro material, revestida com um material absorvente descartável ou lavável (como jornal em tiras, papel toalha, toalhas, tapete higiênico) e aconchegante. Pode-se disponibilizar mais de uma caixa para as gatas muito seletivas. O ambiente deve ser extremamente tranquilo, livre de “curiosos”, além de ter uma temperatura agradável e umidade apropriada.

Nascimento da ninhada

Os filhotes precisam mamar o mais rápido possível após o nascimento. Em vez de ingerir leite, se nutrem de colostro, uma substância produzida pela mãe que reforça e melhora o sistema imunológico. Outro cuidado importante após o nascimento é a pesagem. “Tão logo seja possível, é importante pesar os filhotes para ter uma ideia de sua condição de saúde. O peso de nascimento e a taxa de crescimento durante as primeiras 48 horas são parâmetros-chave para que se descreva a condição de uma ninhada e possíveis filhotes com risco de mortalidade neonatal sejam identificados”, explica Natália.

Os gatos devem nascer com cerca de 2 a 3% do peso da mãe, fator que sofre influência de acordo com a raça, tamanho da ninhada e tempo de gestação. Nos primeiros dias, o peso aumenta diariamente em aproximadamente 10% do peso de nascimento, de forma que entre o 7º e 10º dias os gatinhos já possam estar com o dobro do peso que nasceram. Os machos, geralmente, são mais pesados e crescem mais rapidamente. Gatinhos nascem com cegueira e surdez temporárias. Eles procurarão a mãe para abrigo e nutrição.

Já os cães devem ter entre 1% e 5% do peso esperado do adulto no nascimento, número que pode variar de 70 a 700 gramas dependendo do porte, raça e sexo do filhote. Graças à nutrição fornecida pela mãe, ele rapidamente começará a ganhar peso e o peso que o filhote ganha nos primeiros dias é determinado pelo porte. Normalmente, os filhotes devem ganhar entre 5 a 10% do peso por dia nas primeiras semanas de vida.

“Um dos grandes momentos da maternidade é a amamentação. Mais que um carinho, trata-se de um dos cuidados fundamentais porque é nesse momento que o filhote recebe nutrientes e anticorpos essenciais para crescer. A amamentação termina, aproximadamente, entre a 3ª e a 8ª semana após o nascimento, mas o cuidado com a nutrição não”, orienta Natália.

Os primeiros meses de vida      

Por volta da quarta semana de vida, os cães já apresentam a visão e audição reativas à luz e ao som, respectivamente. Já os gatinhos, na 4ª semana o olfato está totalmente maduro e a audição está bem desenvolvida. Na sexta e sétimas semanas, os felinos começam a desenvolver padrões de sono de adultos e habilidades motoras.

Durante esse estágio, entre a 4ª e a 8ª semana de vida, ocorre a “janela de imunidade” – quando o nível de anticorpos fornecidos através do colostro da mãe já não é mais suficiente para garantir a imunidade do filhote, mas também é alto demais para garantir a efetividade da vacinação, ou seja, o filhote fica mais vulnerável à doenças. O sono ajuda a fortalecer o sistema imunológico e, portanto, garantir que os filhotes tenham um lugar confortável e calmo para dormir é vital. Além disso, uma alimentação específica para essa fase de vida é necessária para estimular o desenvolvimento de suas defesas naturais e crescimento, através de nutrientes específicos. 

“À medida que crescem, os filhotes podem começar a mostrar interesse pela comida da mãe. Com a introdução de alimentos, o processo de desmame começa. A transição entre o leite materno e a nova dieta do filhote deve ser gradual e sob orientação de um Médico-Veterinário”, explica Natália.

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