Mancha de poluição avança e atinge 163 km do rio Tietê; qualidade em Guarulhos é ruim

- PUBLICIDADE - Anuncie

Lucy Tamborino

Um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, lançado ontem, indica que o trecho morto do maior rio do estado, o Tietê, alcançou a marca de 163 km neste ano, um aumento de 33,6% em relação a 2018 (122 km). Os dados estão muito longe da menor mancha de poluição já registrada na série histórica do levantamento, de 71 km em 2014. No levantamento, o índice da qualidade da água (IQA) do rio foi considerado ruim tanto em Guarulhos, quanto em São Paulo.

Os dados são do relatório “Observando o Tietê 2019 — O retrato da qualidade da água e a evolução dos indicadores de impacto do Projeto Tietê”. Parte deste resultado catastrófico deve-se a Guarulhos. Quando o prefeito Guti assumiu a gestão, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) de Guarulhos tratava apenas 2,3% do esgoto de toda a cidade. Agora o munícipio trata cerca de 12%.

O estudo apontou ainda que a condição ambiental do rio Tietê está imprópria para o uso, com a qualidade de água ruim ou péssima em 28,3% (os 163 km) da extensão monitorada, que totaliza 576 km – de Salesópolis, na sua nascente, até a jusante da eclusa de Barra Bonita, na hidrovia Tietê-Paraná. Nos demais 413 km monitorados (71,7%), o rio apresentou qualidade de água regular e boa, condição que permite o uso da água para abastecimento público e irrigação para produção de alimentos, por exemplo.  Os dados foram medidos em 99 pontos de coleta monitorados mensalmente, entre setembro de 2018 e agosto de 2019.

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

- PUBLICIDADE -