Mais de 94 mil pessoas moram em áreas de risco em Guarulhos

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Rosana Ibanez

Um total de 94.720 pessoas moram em áreas de risco em Guarulhos, o que representa 7,8% da população total da cidade. A constatação faz parte do estudo inédito divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “População em áreas de risco no Brasil”, lançado em cooperação com Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Segundo a publicação, o município é o quarto do estado em maior número de pessoas residindo em lugares irregulares. A capital paulista figura em primeiro lugar com 674.329 pessoas; seguida por São Bernardo do Campo (127.648) e Santo André (96.062).

As áreas de riscos de movimentos de massa, inundações e enxurradas monitoradas por este órgão foram associadas, de forma inédita, às informações do Censo 2010. A metodologia foi desenvolvida para ser replicada com os dados do Censo 2020.

Em 2010, a população em áreas de risco nos 872 municípios brasileiros monitorados pelo CEMADEN chegava a 8.270.127 habitantes, que viviam em 2.471.349 domicílios particulares permanentes. Cerca de 17,8% das pessoas que viviam nas áreas de risco desses municípios eram idosos ou crianças, os grupos etários mais vulneráveis.

No Brasil, 20,3% das pessoas que viviam em áreas de risco moravam em aglomerados subnormais (1,7 milhões de moradores). Em relação aos domicílios, esse percentual era de 19,9% (490.849 domicílios).

A caracterização da população vulnerável a desastres naturais tem como objetivo subsidiar ações de monitoramento, elaboração de alertas e a gestão de riscos e respostas a desastres naturais.

Defesa Civil investe em prevenção e formação para evitar tragédias

Periodicamente a Coordenadoria da Defesa Civil de Guarulhos (Comdec) realiza ações de prevenção e formação para evitar tragédias em áreas de risco. No ano passado, segundo coronel Waldir Pires, responsável pela Comdec, a pasta atendeu no ano passado um total de 838 chamadas pelo telefone 199; 1.360 solicitações na recepção do órgão; 84 ocorrências sociais e humanitárias, e realizou 330 vistorias em áreas de riscos.

“Quando não temos uma ocorrência, estamos trabalhando na prevenção. Se fizermos atividades e treinamentos, instalações de equipamentos nas comunidades, entre outros, vamos evitar ocorrências de mortes e ferimentos. Esse é o nosso objetivo”, explicou o coordenador ressaltando o extremo esforço desempenhado por toda a equipe de colaboradores na prevenção aos riscos iminentes de desastres naturais.

Imagem: Divulgação IBGE

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