Instituto Geológico detalha mapeamento de riscos no Alto Tietê

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Técnicos das prefeituras de Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba participaram, nesta quinta-feira (17), de reuniões de trabalho com a equipe do Instituto Geológico (IG) para detalhar as aplicações do “Mapeamento de Riscos de Movimentos de Massa e Inundações” nas ações de planejamento e prevenção de acidentes  relacionados a inundações, escorregamentos e erosões.

O estudo recém-lançado pelo órgão do Governo do Estado, apresentado no início desse mês no CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê,  contempla mapas em várias escalas das áreas identificadas com algum tipo de risco geológico nas cidades, assim como estatísticas de ocorrências e recomendações que subsidiam as abordagens político-estratégica, planejamento, intervenção e gerenciamento.

“O detalhamento do conteúdo completo do estudo do Instituto Geológico é fundamental para que as prefeituras possam ter ações efetivas na redução dos riscos e, principalmente, para que o Alto Tietê possa avançar na elaboração de um plano de cidades resilientes”, destaca o coordenador da Câmara Técnica de Gestão Ambiental do CONDEMAT, Daniel Teixeira de Lima, ao citar um conceito mundial que busca minimizar os desastres no meio urbano.

Nas 11 cidades do CONDEMAT que integram a sub-região Leste da Região Metropolitana de São Paulo – Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano – 9,23% do território apresentam algum tipo de risco geológico. Especificamente em Mogi das Cruzes, quase 8% está nesta situação, enquanto que em Itaquaquecetuba a fatia chega a 26%.

O histórico de acidentes mostra que Mogi das Cruzes é a cidade da região com a maior estatística – 2.433 registros em 25 anos e cerca de oito mil pessoas atingidas. No mesmo período, Itaquaquecetuba somou 286 ocorrências , com a mesma média de moradores afetados de Mogi. Em ambas as cidades, a maioria dos acidentes foram hidrológicos (inundações e escorregamentos).

A região toda teve, entre 1994 e 2018, 5.987 acidentes geológicos, hidrológicos e meteorológicos, com saldo de 4.848 residências atingidas, 29.818 pessoas afetadas e 113 vítimas fatais.

“Os mapas permitem identificar as áreas de risco e, principalmente, a sobreposição com outros instrumentos que os municípios possuem, o que dá subsídios para gerar novas informações essenciais para as ações de  habitação, meio ambiente, planejamento e segurança”, avalia o coordenador da Câmara Técnica de Planejamento e Urbanismo, Claudio Rodrigues.

Em parceria, o CONDEMAT e o IG realizarão mais nove encontros virtuais no período de 23 de setembro a 22 de outubro, para apresentação detalhada do mapeamento nas cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano.

“O mapeamento elaborado pelo IG pode ser interpretado simplesmente como um problema ou como instrumento de solução. No Alto Tietê, os municípios demonstram grande interesse em entender e utilizar os cenários na busca de um planejamento que considera as mudanças climáticas, os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODSs) e as cidades resilientes”, concluem Cláudio José Ferreira, coordenador do Mapeamento do IG.

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