Guarulhos registra 73 casos de interferência de raios laser em voos

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Pedro Lacerda

A utilização de raios laser nas pistas dos aeroportos pode ser extremamente prejudicial aos voos e comprometem a segurança da tripulação. Só em Guarulhos, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, foram registrados, em 2017, 73 casos em que o manuseio desta ferramenta atrapalhou os voos.

Os dados apresentados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) mostram que do dia 1° de janeiro a 27 de julho do ano passado, foram 38 casos. No mesmo período de 2018, os números diminuem em 10,5%, onde 34 foram anotados.

Em nota, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo diz que o risco pode levar a situação extrema de perda de controle em voo, em especial, nos casos de aeronaves tripuladas por um único piloto. Distração, ofuscamento e cegueira momentânea são os principais danos causados pela emissão de raio laser e podem comprometer a habilidade dos pilotos, em procedimentos de voo.

Portugal também contempla estes dados

Recentemente na cidade de Portalegre, em Portugal, um disparo de feixe de luz emitido por um laser contra uma aeronave de porte pequeno no aeroporto foi, não somente flagrado, como o autor da emissão do raio foi identificado e a investigação segue em andamento.

A Guarda Nacional Republicana (GNR) remeteu a autoria do crime para o Ministério Público (MP) que, caso opte por condenar o réu, a pena pode  chegar em até 10 anos de prisão, segundo as leis do país. De acordo com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), de Portugal, mais de 1150 casos foram registrados entre 2013 e outubro de 2017, em todos os aeroportos nacionais.

Imagem: Pedro Lacerda

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