Guarulhos reduz em 30% desabastecimento de remédios na rede pública de saúde

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Da Redação

Os vereadores da Comissão de Higiene e Saúde Pública da Câmara Municipal visitaram a prefeitura ontem para debater dois problemas que afetam a população de Guarulhos: o desabastecimento de remédios e a falta de médicos. Segundo a secretária de Saúde, Ana Cristina Kantzos da Silva, no último ano, o índice de desabastecimento caiu de 50% para 20%. Entretanto, ainda há um déficit de 109 médicos no município.

Faltam profissionais porque os salários são baixos. Os médicos que trabalham em Guarulhos, segundo a secretária ganham R$ mil a menos que os profissionais de São Paulo. Além disso, a ajuda de custo oferecida para quem atua nas unidades de saúde da periferia é de aproximadamente R$ 300 e esse valor não atrai os profissionais. O reflexo disso é sentido nos concursos públicos: sobram vagas e faltam interessados. Na última contratação emergencial, das 15 vagas abertas, somente duas foram preenchidas.

No percentual dos remédios que ainda não chegaram até a população estão alguns medicamentos de uso contínuo para pacientes crônicos, como é o caso do Captopril, receitado para reduzir a pressão arterial. Houve várias tentativas frustradas de contratação de novos fornecedores. Mas as empresas farmacêuticas estão praticando preços acima do mercado, exclusivamente em Guarulhos. Essas empresas fornecem medicamentos idênticos para outros municípios com preço mais baixo. Esse é um dos maiores entraves para a normalização do abastecimento de remédios na cidade. “Estamos trabalhando com responsabilidade fiscal e não vamos aceitar que uma empresa cobre mais caro de Guarulhos, praticando preços diferentes em outros municípios”, afirmou a secretária.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Dr. Alexandre Dentista, também solicitou uma atenção especial ao cumprimento da Lei 7.591, de sua autoria, aprovada em novembro do ano passado, que torna obrigatório o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) aos sábados. Para o cumprimento da medida, a prefeitura deverá, de acordo com a disponibilidade orçamentária, encaminhar uma equipe multidisciplinar para cada unidade.

Imagem: Bruno Netto

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