Guarulhenses enfrentam longa viagem até a capital devido às obras incompletas do governo estadual

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Lucy Tamborino

Diariamente diversos guarulhenses saem de suas casas com destino à capital. Mesmo sendo cidades vizinhas, a distância devido à falta de conclusão das obras de mobilidade urbana por parte do governo estadual, torna o percurso em uma grande viagem. A Folha Metropolitana relacionou as principais intervenções que já deveriam ter saído do papel, mas que, até o momento não foram concluídas.

Para se ter uma ideia, o maior deslocamento urbano do país fica entre Guarulhos e São Paulo, de acordo com estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015 que apontou mais de 146,3 mil pessoas que diariamente se deslocaram entre os municípios para trabalhar, por exemplo.

É o caso do analista Gabriel do Carmo Rodrigues, 29, que para sair da região do Bonsucesso e ir até Campos Elíseos, bairro da região central da capital, já chegou a gastar mais de quatro horas. Acordar às 4h para chegar às 7h ainda não era suficiente frente aos horários dos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). “Pela comodidade e rapidez eu prefiro tirar do meu bolso e ir de carro. Sempre que precisava ir para a empresa estava chegando atrasado. Cheguei duas vezes às 9h”, afirmou.

Laura Carolina Inhudes de Souza, 18, aprendiz na área de Recursos Humanos, encontra situação parecida mesmo morando em outro extremo: no Cocaia. Sua rotina todo dia está em pegar um ônibus na avenida Brigadeiro Faria Lima, por volta das 6h, descer no Metrô Tietê, lá seguir para estação Luz e ainda pegar um fretado. Tudo isso para chegar por volta das 8h no Campo Elísios. “Já cheguei a ficar 3h30 no trânsito, a Marginal Tietê está sempre com trânsito. Já fiquei também mais de 2h parada em um ponto”, conta.

Imagem: Lucy Tamborino

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