GRU Airport realiza pousos e decolagens de aeronaves simultaneamente

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Lucy Tamborino

O GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo apresentou ontem um novo procedimento que permite pousos e decolagens de maneira simultânea mediante condições visuais favoráveis.O projeto Agile GRU, chamado oficialmente de Oper ação Segregada sob Condições Meteorológicas Visuais (VMC), pretende aumentar o número de operações por hora,além de diminuir o tempo de espera dos passageiros. A medida já funciona no aeroporto desde o dia 6.

O projeto teve como base as operações no aeroporto de São Francisco, nos Estados Unidos. “O objetivo é permitir que o aeroporto tenha uma agilidade melhor de pouso e decolagem, visando dar uma dinâmica maior para que as aeronaves não gastem muito tempo nem para pousar e nem para decolar. O passageiro vai perceber as agilidades das operações”, explica o chefe do subdepartamento de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino.

Bertolino ainda destaca que a tendência é um aumento gradativo na capacidade. “Há uma estimativa que em outubro de 2020, será realizada 60 operações por hora, ou seja, 30 pousos e 30 decolagens”, destacou.

Os pousos e decolagens de maneira simultânea devem acontecer em 75% do tempo de operação do aeroporto. O percentual se refere à média dos períodos em que há condições visuais. Ainda o projeto está em sua 2ª fase de operação, de cinco etapas.

A medida foi desenvolvida em conjunto pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e Internacional Air Transport Association (Iata), com apoio da Anac.

Treinamento
 A operação não envolveu aquisição de equipamento, mas um treinamento que totalizou mais de 4,8 mil horas realizado com 227 controladores de tráfego aéreo nos laboratórios de simulação do Instituto de Controle do Espaço Aéreo(ICEA), em São José dos Campos, no interior paulista. O investimento foi de R$1,3 milhão e um simulador de torre de controle em 3D foi utilizado no treinamento.

Imagem: Mayara Nascimento

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