A Universidade Guarulhos (UNG) foi palco, nos dias 30 e 31 de maio, da 2ª edição do Festival Guarulhos de Todos Nós, um verdadeiro encontro de expressões culturais, religiosas e artísticas que atraiu mais de 5 mil pessoas ao campus da instituição. Com uma programação repleta de cores, ritmos e tradições, o evento reafirmou o compromisso da cidade com o respeito à pluralidade e à integração comunitária.
Na abertura da sexta-feira, o tradicional Levantamento do Mastro dos Três Santos deu o tom simbólico da festa. O cortejo, acompanhado pela Orquestra de Violeiros Coração de Viola, reuniu representantes de diversas crenças e autoridades locais, como o reitor da UNG, Yuri Neiman, o vice-prefeito Thiago Surfista, o padre Antônio Bosco, a Yalorixá Mãe Cláudia de Oyá, o líder indígena Maximu Wassu, o diretor do Conservatório de Guarulhos, Marcelo Mendonça, e o articulador cultural Paulinho Trewasae.
O reitor conduziu o estandarte da universidade até o palco principal, marcando o início das apresentações. Entre os destaques da noite estavam o Afoxé Omo Oyá, dança cigana, batalhas de rima e o animado forró de Felix Marink.
No sábado, o clima de alegria tomou conta do campus desde cedo com a participação dos Doutores do Riso, que arrancaram sorrisos de adultos e crianças. A Praça da Bandeira foi transformada em um espaço lúdico com brinquedos infláveis e shows musicais. Outro atrativo foi o Rancho dos Cavalos, que contou com o apoio de médicos veterinários e estudantes, permitindo que o público infantil interagisse com os animais.
A programação seguiu com manifestações tradicionais, como a Folia de Reis Estrela Dalva, o Toré indígena e expressões afro-brasileiras como o maculelê e a puxada de rede, que encheram as ruas do campus de espiritualidade e ancestralidade.
No palco principal, os estilos musicais se revezaram em uma verdadeira celebração da diversidade: sertanejo, com Quarteto Raiz, Raul e Ademir, Zenon & Gerson, Vera Bianca e Regional e Nando Sampaio & Matheus; MPB, com Voz das Mulheres que Cantam e Miranda Caê; reggae, rock alternativo, pop e clássicos do rock, com Django, Ao Topo, Jhon Turner, Motel Vertical e Meros-Humanos. O cantor Jhon Turner chamou a atenção ao chegar de moto, acompanhado de integrantes de motoclubes da cidade.
Para o reitor Yuri Neiman, o crescimento do festival é motivo de orgulho. “A ideia surgiu no ano passado como um festejo junino, mas se transformou, de forma espontânea, em um encontro multicultural. Nesta segunda edição, contamos com mais de 40 atrações e uma forte participação de artistas locais. Para a UNG, é uma honra abrir as portas a um evento feito por talentos da cidade e voltado para toda a população”, afirmou.