Famílias invadem área da antiga Vasp no Jardim São João

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Lucy Tamborino

Centenas de pessoas invadiram uma área na estrada Guarulhos-Nazaré, ao lado do Terminal Urbano São João. O local é resultado de massa falida da antiga Viação Aérea São Paulo (Vasp). A companhia deixou de operar em 2005 e teve sua falência decretada pela Justiça de São Paulo em 2008.

A invasão e a construção de casas de madeira começaram no final do mês passado, até então a área só tinha um campo de futebol instalado. Um morador da região, que preferiu não se identificar, afirmou que um projeto social funcionava no local. Ele não soube informar se a medida possuía autorização ou não.

A Folha Metropolitana esteve ontem no local e constatou que é frequente a chegada de caminhões com madeira e que diversas pessoas se organizam para tomar posse do local. O terreno também estava cheio de fumaça, de acordo com moradores a situação é frequente, já que o movimento tem queimado mato e entulhos. As medidas têm deixado à população próxima preocupada com a segurança e a chegada de diversos vizinhos desconhecidos.

Questionada sobre as medidas a serem tomadas na área, a prefeitura informou que não pode interceder em razão de ser uma área particular.

Déficit

O problema do déficit habitacional em Guarulhos se estende há anos. A meta da prefeitura é promover a regularização fundiária de 15 mil moradias até o fim do ano e já está finalizando a das primeiras 2.348 habitações, as quais devem beneficiar cerca de 10 mil pessoas.

A Secretaria de Habitação possui dois programas: Desenvolvimento de Políticas Habitacionais, cujo objetivo é promover condições de acesso à moradia digna a todos os segmentos da população, especialmente aos de baixa renda; e o Gestão do Fundo Municipal de Habitação de Áreas de Risco, de Preservação Permanente e de Preservação Ambiental, que visa a implementação de políticas de mitigação de situações de risco e tem como público alvo as populações que moram em áreas de risco, áreas de preservação permanente e áreas de preservação ambiental. No final do ano passado, a pasta contabilizava 92 mil famílias que vivem em áreas de risco em Guarulhos.

Imagem: Lucy Tamborino

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