Falta de vacinação em crianças possibilita o reaparecimento de doenças erradicadas

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Mayara Nascimento

Doenças erradicadas no Brasil, como a poliomielite, difteria e rubéola estão voltando por falta de vacinação em crianças. O retorno dessas patologias representa risco para todos aqueles que não foram vacinados, independentemente da idade.

“Em virtude das altas coberturas vacinais em todo país até então, as pessoas não viam ou ouviam falar dessas doenças e relaxaram na imunização dos seus filhos, entendendo erroneamente que a doença não existe mais. Porém, os vírus e bactérias continuam a existir e poderão acometer as pessoas susceptíveis, ou seja, não vacinadas”, afirma a enfermeira Ermelinda Tomé, responsável pela Divisão Técnica de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria Municipal de Saúde.

As mídias sociais disseminam falsas informações sobre vacinas, criando os movimentos antivacinais. Os pais alegam que as vacinas causam doenças e temem a reação que a mesma pode causar nas crianças. Inúmeros trabalhos científicos mundialmente reconhecidos têm comprovado a eficácia das vacinas na proteção de doenças. Em Guarulhos, 88% das crianças ainda não foram imunizadas esse ano contra a paralisia infantil e 89% não aplicaram a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus B.

Somente neste ano, a pasta recebeu quatro notificações de casos suspeitos de sarampo, sendo que dois casos já foram descartados por exames laboratoriais realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, na capital. Os demais casos permanecem em investigação, aguardando resultados dos exames laboratoriais, sendo um do Jardim Rosa de França e outro do Parque Continental III.

Imagem: Camila Domingues

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