Espalha Fatos com Sergio Lessa

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Cutucando com vara curta

Um munícipe guarulhense, morador do Ponte Alta, utilizou ontem a Tribuna Livre da Câmara para expressar sua opinião sobre a política local. Atirou pra tudo quanto é lado. Detonou vereadores, se mostrou descontente com políticos que só aparecem no seu bairro em época de eleição e num tom bem exagerado conseguiu irritar boa parte dos parlamentares presentes. No mundo em que vivemos, nada demais, porém minutos depois levou o troco. Não demorou muito para o corporativismo dos vereadores falar mais alto. Diversos parlamentares se revezaram em suas falas para atacar o jovem “reclamão”.

Quem tem razão?

Realmente escutar verdades na vida, muitas vezes dói pra qualquer um, mas na política, falar mal de vereador, de forma oficial, dentro da própria Câmara, é uma afronta aceita por poucos. Por ser considerada a “Casa do Povo”, obrigatoriamente o espaço tem de ser aberto para a população de acordo com a legislação, mas na maioria das vezes, o assunto a ser tratado na tribuna só é conhecido pelos parlamentares na hora da fala. No caso de ontem, depois do discurso, só restou aos incomodados dar “lições de moral” ao polêmico munícipe e desdenhar de uma suposta candidatura dele a vereador em 2020.

Dúvida

Numa situação dessas quem está com a razão? O munícipe que acredita que pode falar o que quiser para um vereador, já que o mandatário é funcionário do povo? O parlamentar, que deve se defender quando atacado por eleitores? Os dois lados, ou nenhum? O petista Marcelo Seminaldo foi o único que elogiou a atitude do jovem orador: “se ele não tivesse falado da maneira que falou, não haveria nenhuma repercussão”, afirmou. Já Rafa Zampronio (PSB) foi bem realista: “o que vimos agora nada mais é do que o espelho da política. Hoje em dia o que mais rola é desrespeito com a classe”, declarou.

Passando dos limites

Já o líder do governo, vereador Dr. Eduardo Carneiro (PSB), ficou “p” da vida ontem na Câmara, após o ataque gratuito que sofreu juntamente com outros parlamentares, de pessoas ligadas a determinado partido, que adora confusão e está acostumado a desrespeitar a tudo e a todos. Mais cedo, antes da sessão, alguns vereadores foram chamados durante uma reunião de “canalhas”, “mal caráter” e “puxa-saco”. Daí pra baixo! Ficou claro que a presença dessas pessoas na Casa de Leis não possuía a melhor das intenções. Só foram lá mesmo para ofender. Debate, nem pensar. Até o vereador Romildo Santos (DEM) criticou a postura adotada pelos visitantes, que claramente estavam a serviço de um partido. Adivinhem qual? Lamentável!

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