Empresa envolvida na Lava Jato vence concessão do Parque Ibirapuera

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Mayara Nascimento

Os envelopes da concessão do Parque Ibirapuera e outros cinco parques municipais foram abertos hoje. A vencedora da licitação foi a Construcap, com proposta de R$ 70,5 milhões, e deverá administrar os parques por 35 anos. A empresa está envolvida com a Lava Jato.

Em 2016 um dos donos da empresa, Roberto Capobianco, foi preso durante uma operação da Lava Jato. Em 2018, Capobianco foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 12 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na última sexta-feira (08) o Ministério Público Estadual (MPE), o vereador Gilberto Natalini (PV) e a Prefeitura de São Paulo fecharam acordo para manter o processo de concessão do Parque Ibirapuera, na zona sul da capital. A condição estabelecida é de que o Município elabore um plano diretor do parque, antes de entregá-lo à iniciativa privada.

O processo ficará suspenso por até seis meses, período no qual a Prefeitura terá de elaborar o plano – documento que definirá as possibilidades de uso do parque. O contrato só será assinado após a entrega do plano e a resolução de pontos considerados irregulares pela Promotoria. 

Os outros parques são: Jacintho Alberto, Eucaliptos, Tenente Brigadeiro Faria Lima, Lajeado e Jardim Felicidade.

Em nota a Construcap informou que aguarda os desdobramentos previstos no processo para concluir a referida contratação. 

A avaliação da concessão do Ibirapuera e dos outros cinco parques é resultado de estudos que se adequam ao planejamento estratégico de longo prazo da  Construcap, que pretende entregar à população espaços públicos requalificados, com observância à legislação ambiental em vigor, preservação da fauna, da flora e da paisagem tombada pelo patrimônio histórico. 

Em relação às notícias sobre seu envolvimento episódico na 31ª fase da chamada Operação Lava-Jato, a Construcap reitera os valores do seu Programa de Integridade e tem convicção da absolvição de seu executivo pelo tribunal recursal, assim como já aconteceu com a companhia, que foi absolvida das mesmas acusações pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União em 16 de outubro de 2017.

Imagem: Divulgação

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