Em meio a suspeitas de irregularidades, Haddad quer Ciro no 2º turno

O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, fala com a imprensa no hotel Matsubara, em São Paulo.
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Da Redação

Em meio às suspeitas do envolvimento de empresas no envio de mensagens falsas contra o PT no WhatsApp, o candidato do partido à Presidência da República, Fernando Haddad, disse ontem que o correto seria Ciro Gomes (PDT) concorrer com ele no segundo turno. Ciro ficou em terceiro lugar no primeiro turno ao obter 12,47% dos votos válidos.

“É o que a legislação prevê, porque ele [Jair Bolsonaro, do PSL] tentou fraudar a eleição, felizmente não deu primeiro turno. Se desse, isso tudo ia pra baixo do tapete”, disse Haddad referindo-se às informações publicadas hoje na imprensa sobre a suposta existência de um grupo de empresários que financia o envio em massa de mensagens falsas via WhatsApp.

O petista defendeu ainda que pelo menos um dos empresários suspeitos de participar do grupo fosse preso para que os demais fossem delatados. Segundo ele, o grupo reúne de 20 a 30 pessoas.

“Basta prender um empresário que vai ter delação premiada e vai entregar a quadrilha toda. Nós estamos falando de 20 a 30 empresários envolvidos nesse esquema. Se prender um, em menos de 10 dias a gente vai ter a relação de todos os empresários que estão financiando com caixa 2 uma campanha difamatória”.

Haddad indicou que tem conhecimento sobre um dos empresários, a empresa contratada e os valores negociados.

“Nós vamos levar ao conhecimento da Justiça todos os indícios. Alguns que estão nos chegando agora de reuniões que ele [Bolsonaro], de viva-voz, pediu apoio via WhatApp. Ou seja, ele próprio, em jantares com empresários, fez o pedido para que a doação fosse feita dessa maneira, de forma ilegal”, disse.

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, não se manifestou publicamente sobre o assunto.

Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

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