‘É verdade esse bilete’: na Semana das Crianças, saiba o que elas pensam sobre o trânsito

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Da Redação

Todo mundo sabe que trânsito é assunto de gente grande. Mas, e as crianças, o que elas sabem sobre isso? O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) aproveitou o mês das crianças e perguntou para pequenos de sete a 14 anos qual conselho eles dariam para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.

Sessenta bilhetes foram escritos no início do mês de outubro por crianças que participaram das ações educativas que o Detran-SP e o Comando de Policiamento de Trânsito (CPtran) da Polícia Militar do Estado de São Paulo fazem nas escolas de todo o Estado e também no Museu Catavento, na capital paulista.

E o resultado? Recados cheios de sinceridade – e muitos puxões de orelha do bem – que mostram que as crianças estão mais atentas do que imaginamos e de olho nas atitudes dos motoristas.

 

Equipamentos de segurança

Durante as atividades lúdicas, as crianças assimilam a utilização correta dos equipamentos de segurança e o quanto eles podem evitar acidentes e salvar vidas. Nos bilhetinhos, muitas delas chamam atenção para o uso do cinto de segurança, capacete e itens de proteção para ciclistas e chegam até mesmo a falar sobre os riscos de dirigir em alta velocidade.

Parece até conselho de pai, mas é o contrário. Lucas, de 10 anos, mandou o seguinte recado: “Pai, ouça minhas orientações: se você for andar de bicicleta, precisa de olho de gato, buzina, freio e retrovisor. Se você andar de carro, use o cinto de segurança”. Já Samira, 8, direcionou o puxão de orelha à mãe: “Mãe, nunca se esqueça de usar capacete na moto”.

Cauã, 10, é enfático quando o assunto é velocidade: “Querido papai, quando você vai trabalhar e vai rápido, não faça isso, tem uma família esperando por você”.

 

Veículos X Pedestres

A preocupação com os pedestres também foi lembrada pelos cidadãos mirins, principalmente na região das escolas.

“Eu queria que os motoristas parassem na faixa de pedestres que tem em frente a minha escola”, escreve Matheus, de 14 anos.

Luís, 12, adverte: “Quando for sair de um estacionamento olhe bem se não tem alguém passando atrás”. Monique, de 10 anos, pontua o comportamento do pai. “Você precisa olhar para os dois lados antes de atravessar a rua e lembre-se de atravessar na faixa”, finaliza.

 

Comportamento

Quando o assunto é o respeito à vida e a atenção do motorista, fica claro entre as crianças o medo de perder alguém pela imprudência no trânsito.

A estudante de 9 anos, Maria Heloisa, entende o quanto a tecnologia pode atrapalhar o motorista e deixa o recado: “Queridos pais, não se deve olhar o celular enquanto estiver dirigindo. Se algum parente ligar não atenda, pois o carro pode bater”, explica. André, 13, pede para ‘Gabriela’ ter mais cuidado. “Gabi, não atravessa a rua mexendo no celular”.

O pequeno José Carlos, 10, escreve “Mãe, não beba ‘bebida alcoólica’, tem mais vida esperando por você”. Ana Clara, também de 10 anos, ressalta “Pai, se beber, evite ‘encostar no volante’… alguém pode não sair bem dessa”.

 

“Educação no trânsito não tem idade”

A frase é de Eduarda, 10 anos, que alerta a família sobre os riscos da imprudência: “Querida família, quando forem atravessar a rua, olhem para os dois lados e usem sempre o cinto de segurança para não causar acidentes. Tudo isso porque amo vocês”.

Os números mostram que a imprudência está diretamente ligada às mortes no trânsito. Somente no Estado de São Paulo, de janeiro a agosto deste ano, foram 3.547 vítimas.

As crianças fazem parte desta estatística: no mesmo período, 72 crianças morreram em acidentes de trânsito – 38 delas com idade entre zero e cinco anos e 34 entre seis e 12. Em 2017, foram 79 mortes, sendo 35 crianças de zero a cinco anos e 44 entre seis e 12.

Desde 1990 o Detran-SP e a Polícia Militar realizam ações educativas em escolas de todo o Estado de São Paulo. Mais de 1,5 milhão de alunos já foram atendidos em mais de 4.200 instituições públicas e particulares de ensino de 309 municípios paulistas.

Imagem: Divulgação

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