Doações de órgãos: ‘Não existe amor maior ao próximo’, diz paciente transplantado

Foto: Pixabay
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Hércules Ferrari, de 60 anos, entrou na fila de espera em uma sexta-feira. Três dias depois, recebeu a ligação informando que havia um doador compatível e que a cirurgia seria possível.

Hércules foi diagnosticado com hepatite subaguda pós-medicamentosa e informado de que seria necessário o transplante de fígado.Vidas como a de Hércules são salvas graças à boa vontade de doadores e de suas famílias. A Central de Transplantes contabilizou um crescimento de mais de 10% na taxa de doadores de órgãos nos primeiros oito meses de 2023 em relação ao ano anterior. Houve aumento também nos registros de transplantados nos últimos cinco anos.“Eu tive a oportunidade de receber uma doação. Um ato de amor extremo, de uma família que resolveu doar num momento de dor. Eu acredito que não existe amor maior ao próximo”, contou.A grandeza desse ato permitiu que Hércules realizasse seu sonho de participar do crescimento do seu neto Vicente. “Eu tinha alguns sonhos e algumas vontades e um deles era ver e ouvir o Vicente andar e falar”, afirmou. “Hoje eu tenho a oportunidade de caminhar e correr com meu neto”.Como funciona a doação?A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, ou seja, tipagem sanguínea, dados antropométricos entre doador e receptor, compatibilidade genética, além da priorização para pacientes em estado grave.Quanto aos pacientes que precisam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, que é responsável por realizar a gestão de todo o processo de doação e transplante em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes.http://saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/acesso-rapido/lista-de-espera-para-transplantesForam realizados mais de 5 mil procedimentos em todo o estado de São Paulo no primeiro semestre de 2023, como transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão rins e córneas. Mas a taxa de recusa familiar para a doação ainda se mantém em 38%.A orientação do SUS para aqueles que querem ser doadores é comunicar a família- a autorização é essencial para a doação de órgãos. Por isso, os parentes devem estar previamente cientes desse desejo.No caso da doação em vida e seguindo as diretrizes do SUS, aqueles que não possuem nenhum problema de saúde e seguem as diretrizes do SUS podem ser doadores. Nesse caso, é possível fazer a doação de rins, parte de fígado, pulmão e medula óssea.Campanha do Governo de SP #EuSouDoadorO governo do Estado de São Paulo lançou, no último dia 27, a campanha #EuSouDoador com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se tornar um doador de órgãos e estimular conversas familiares sobre o tema.A campanha teve início durante o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema. Qualquer pessoa pode ser um potencial doador de órgãos, dependendo apenas da condição de saúde na qual o paciente se encontra.

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