Diabetes: diagnóstico requer acompanhamento periódico dos níveis de glicemia

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O número de brasileiros diabéticos cresce a cada ano. Segundo dados de 2019 da Federação Internacional do Diabetes (IDF, da sigla em inglês), o país lidera o ranking de prevalência na América do Sul e Central, com 16,8 milhões de pessoas com a doença. O número equivale a 11,4% da população nacional. O Brasil aparece ainda entre os 10 países do mundo com mais casos e carrega outro agravante importante: quase metade dos que convivem com o diabetes, sequer sabe da ocorrência do problema.

A falta de diagnóstico está relacionada, principalmente, a ausência de sintomas físicos evidentes, pois a maioria só aparece em fases mais avançadas. “Os chamados sintomas agudos surgem quando os níveis de açúcar já se encontram muito elevados, causando perda de peso abrupta sem esforço, cansaço excessivo, visão turva, muita sede e vontade de urinar a todo momento”, explica o endocrinologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Caoê von Linsingen.

Se não tratado de maneira adequada, o excesso de açúcar no sangue pode gerar complicações graves nos vasos sanguíneos e nos nervos do paciente, como “problemas renais e de retina, cegueira, risco aumentado de infarto do coração e derrames cerebrais, alterações no intestino e parestesias, que são descritas pelos pacientes como uma queimação constante nas extremidades do corpo com perda de sensibilidade”, completa o médico especialista.

Por isso, é tão importante acompanhar periodicamente os níveis de glicemia no sangue – em especial, quando há histórico familiar, como pais ou avós com a doença. “O diabetes é uma doença traiçoeira, pois mesmo antes de causar sintomas já aumenta os riscos de efeitos secundários. Nos exames de check-up a glicemia de jejum deve sempre ser solicitada. Detectar precocemente a alteração permite intervenção eficaz mais cedo, e melhor controle no risco de complicações futuras”, enfatiza Dr. Caoê.

O que é o diabetes?

É uma doença crônica que surge quando o corpo não é capaz de produzir insulina suficiente ou não consegue empregar adequadamente a quantidade que produz. A substância, que é responsável por levar a glicose até o interior das células e transformá-la em energia, não consegue fazer esse transporte de forma eficiente, o que acaba sobrecarregando o sangue com excesso de açúcar.

Entenda a diferença:

Tipo 1: crianças e adultos jovens

Tem causa autoimune, quando o próprio organismo destrói as células que fabrica e são responsáveis pela produção de insulina. É menos prevalente, tem início abrupto e precisa ser tratado com aplicação periódica de insulina injetável obrigatoriamente.

Tipo 2: mais comum após os 40 anos

É causado por fatores genéticos associados a um estilo de vida baseado em sedentarismo, má alimentação e obesidade. É o tipo mais comum, tem início silencioso e pode ser controlado com a adoção de hábitos mais saudáveis, uso de medicamentos orais ou, dependendo da gravidade do caso, com injeções de insulina.

Gestacional: de 2 e 4% das grávidas

É uma condição temporária causada pelo aumento de peso e a ação hormonal da placenta. Além de afetar a mãe, esse tipo pode resultar em má formação do bebê, crescimento exagerado de órgãos e maior risco de infecção. Uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares e monitoramento da glicemia são essenciais para o controle durante a gestação.

Mapa do Diabetes no Brasil

5º país do mundo em prevalência

16,8 milhões de brasileiros

11,4% da população nacional

46% de casos não diagnosticados

Fonte: IDF Diabetes Atlas – 9th edition 2019

Controle sua glicemia de jejum

– abaixo de 99mg/dL é normal

– entre 100 e 125mg/dL é alterada

– a partir de 126mg/dL é diabetes

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