Dever e Obrigação, só pra Brexit ver

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  • Tokujo Antônio Maeda, Jornalista

Quando a Constituição Brasileira foi promulgada em 88, muito mimada possivelmente ela teria pensado só naquilo: espalhar pelo país cascas de banana. Pisou, caiu. Não tem como andar em equilíbrio. Nos anos de chumbo, só caía na chicotada. O povo, até pensa em fazer coisas tudo nos conformes, mas a Carta Magna finge não ver e o Estado conivente permite deliberadamente deitar e rolar.

Tosca, deu de ombro no quesito DEVER e OBRIGAÇÃO que ficam praticamente em desusos e maltratados. Porém, sublinhou com tinta grossa o DIREITO. E tem gente que reclama ainda, pedindo o seu direito ao DIREITO mais do que outros; é a famigerada lei da vantagem homologada por Ulisses Guimarães e seus seguidores, intocável até no fundo oceano.

Antes o arrimo da família eram os país, sisudos nem precisavam de tal meia palavra, os intimidavam só por força nas sobrancelhas. A molecada cagava, mas se tornava homem bom. A Carta trouxe ou mantém algumas aberrações, como progressão da pena, saidinha no Dia dos Pais, réu primário, flagrante delito, etc. O Código Penal que já se tornou matusalém, precisa de Viagra.

Hoje, o corretivo aplicado aos malfeitores circunstancialmente chega ao cúmulo em duvidar a própria justiça, caça vira o caçador. Acusações muitas vezes não têm eco nos tribunais, a defesa é beneficiada com recursos intermináveis, uma comédia pastelão.

Nos anos 60/70/80, o Brasil ao lado de outros países da América Latina, sofreu escuridão política. João Goulart chegou chegando. Queria pintar o Brasil de escarlate, a vontade louca de estatização. Aí, os militares também chegaram chegando porque vejam, onde se viu um morador chique do Palácio Laranjeiras, empunhar pincel de pintor de parede? Preferiram eles mesmos escolher a cor e mantiveram a mesma de sempre, branco, azul e amarelo.

O ranço foi que Goulart, quando subiu ao poder queria trazer para cá os esquisitos costumes dos antigos soviéticos e o teórico sanguinário Mao Tsé-Tung. Implementar-se-ia intervenção nas fábricas, mexer nas terras, tudo que lembrasse um bicho pré-histórico, o proletarogado. De um angu, o levante do quartel, fechou o Congresso.

Os ativistas de esquerda e pessoas simples infiltradas devidamente aprovadas na lavagem cerebral, todos disfarçados de daltônicos fingiam não saber separar a mina do trigo, quase explodiram por completo o continente dos sabiás.

Estamos no adobe, cru demais, é preciso que alguém grife duas expressões magicas: DEVER e OBRIGAÇÃO. Estas precisam ganhar nova textura e produzir sensação de quero mais. E esqueçamos momentaneamente o DIREITO, deixe-o brotar naturalmente.

Para muitos, o regime foi período amargo. Por isso, absolutamente a redação e o texto da Lei maior inegavelmente tiveram a pedido pitadas progressistas. E graças esta imaculada Constituição, o país está extraindo matérias-primas exclusivas tipo exportação sem igual: preguiçosos e geração mi-mi-mi.

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