Demanda de primeira leva de aeroportos concedidos está 30% abaixo da prevista

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Da Redação

A demanda dos cinco aeroportos concedidos à iniciativa privada no governo Dilma Rousseff está, em média, 30% abaixo do projetado na época dos leilões em 2012 e 2013. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e nos editais de licitação, mostra que, até o ano passado, a frustração de demanda somava 40 milhões de passageiros nos Aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília, Viracopos (SP), Confins (MG) e Galeão (RJ).

Com a forte recessão econômica, a curva projetada foi ficando mais distante da realidade vivida nos aeroportos. As receitas caíram e provocaram um descompasso entre o caixa e as obrigações das concessionárias. Hoje, os cinco aeroportos, que investiram bilhões na expansão dos terminais, operam com elevada ociosidade. Em Guarulhos, a capacidade subiu para 50 milhões de passageiros, mas a movimentação ficou em 37,5 milhões em 2017; em Brasília, a capacidade é de 25 milhões, para 16,8 milhões de passageiros.

O Aeroporto de Viracopos, que entrou com pedido de recuperação judicial no início deste mês, tem a pior marca entre os cinco aeroportos concedidos. Investiu R$ 3 bilhões para elevar a capacidade do terminal para 25 milhões de pessoas, mas no ano passado movimentou apenas 9,2 milhões de passageiros – ou seja, a ociosidade é de 63%. O Galeão vive o mesmo dilema, com quase 50% de ociosidade.

Foto: ARQUIVO/PAC

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