Da Redação
Dois dos modelos mais descolados da Mercedes-Benz ganharam o tempero que faltava para conquistar jovens entusiastas de carros O hatch Classe A e o cupê de quatro portas CLA agora têm versão AMG 45, assinada pela divisão de preparação da marca alemã. A dose de pimenta está no visual esportivo, nas respostas explosivas e no ronco empolgante do motor.
A dupla desembarcará no Brasil em março – a marca não revelou seus preços. Da segunda geração da linha AMG 45, de modelos com motor 2.0, também faz parte a CLA Shooting Brake, mas a perua não deve ser oferecida no País.
O quatro-cilindros com turbocharger tem duas opções de potência: 387 cv e 421 cv. A mais forte equipa as configurações “S”, como as que serão vendidas no Brasil. Em relação ao 2.0 da primeira geração dos modelos AMG 45, o novo ficou 40 cv mais potente.
Entre as novidades, alguns componentes, como o turbo, foram virados para trás. A marca informa que esse tipo de solução ajudou a abaixar o centro de gravidade dos carros.
Com várias partes feitas de alumínio, o motor pesa apenas 160 quilos. Por ter compressor, os 51 mkgf de torque máximo surgem às 5 mil rpm, faixa de giro bastante alta quando comparada à curva de entrega de força de propulsores com turbina convencional.
Para melhorar a rigidez torcional, a Mercedes instalou uma placa de alumínio sob o cofre do motor dos dois modelos. A tração é nas quatro rodas e o diferencial do eixo traseiro tem sistema eletromecânico.
O gerenciamento eletrônico permite distribuir melhor a força entre as rodas de trás, de acordo com a demanda. Esse recurso, juntamente com outras soluções de auxílio à condução, contribui com a estabilidade e transforma os compactos em devoradores de curvas.
Visual
Na dianteira, a grade, batizada pela Mercedes de “Panamericana”, é igual à do GT, superesportivo de topo da gama AMG. Os para-choques também têm estilo mais esportivo e entradas de ar maiores que as dos modelos convencionais. Nos dois compactos, as rodas de 19 polegadas podem ter acabamento escuro. Atrás, os para-choques têm desenho exclusivo e o logo da divisão esportiva está gravado nas duas saídas cromadas do escapamento. No hatch, chama a atenção a grande asa instalada no teto, sobre o espia traseiro.
Cabine reúne esportividade e tecnologia
Com logotipos da divisão esportiva por todos os lados, muito aço escovado, alumínio e couro perfurado, a cabine dos novos AMG 45 é pura esportividade e tem ergonomia caprichada.
Os bancos esportivos têm apoio de cabeça integrado e apoios laterais bem grandes, que dão boa sustentação ao corpo. Para motoristas baixos, essas abas acabam limitando os movimentos dos braços e podem atrapalhar as reações em situações críticas, como nas curvas do circuito de Jarama, nos arredores de Madri, onde os carros foram avaliados.
O assento tem ajuste de altura, mas o motorista fica em posição baixa, bem próxima ao assoalho. Isso não chega a comprometer a visibilidade.
O volante, como é padrão da linha AMG, tem a base reta. O revestimento pode ser de couro perfurado ou Alcantara.
O sistema de conectividade MBUX é item de série. Os dados do painel de instrumentos e da central multimídia são projetados em duas telas de 10,25 polegadas cada, que formam um conjunto único A que fica à frente do motorista é comandada por meio de botões no volante. A que fica sobre o consoles também é sensível ao toque.
O sistema é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. O assistente pessoal com inteligência artificial é capaz de executar diversas funções por meio de comando de voz, e com o tempo, vai aprendendo parâmetros como as preferências e a maneira de falar do motorista.
