Coluna Livre com Hermano Henning

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O Sindicato dos Jornalistas entrou na briga dos funcionários da TV Câmara de Guarulhos denunciando o que a entidade chama de “tentativa de desmonte” do projeto de TV, cuja emissora está há sete meses fora do ar. A manifestação foi provocada por uma portaria assinada na última sexta-feira pelo presidente da Casa, Professor Jesus, colocando servidores efetivos da Secretaria de Comunicação da Câmara à disposição da Prefeitura para prestarem serviço no Departamento de Cultura.

São quatro profissionais dos 25 servidores da TV Câmara: o apresentador de telejornal Leandro Martins, a redatora Priscila Chandretti, a assistente de produção Júlia Peres, e os fotógrafos Antônio Rodrigues e Daniel Aragão.

A alegação do presidente Jesus é a de que “a cessão dos funcionários se deve à falta de atividade na TV Câmara”. Na verdade, com a interrupção das sessões pela internet e as entrevistas com os vereadores feitas com celulares dos próprios jornalistas, eles não têm o que fazer no prédio da rua João Gonçalves.

Jesus não deixa de ter razão. Os profissionais da TV são funcionários públicos, todos eles bem pagos. Com dinheiro do contribuinte, é claro.

Diante de tudo isso, a posição do presidente da Câmara não é fácil.

Mas o Sindicato não quer saber. E aproveita pra situar o quadro que envolve a TV Câmara de Guarulhos num contexto maior: “Tais medidas, infelizmente, se alinham com um projeto que ataca os meios públicos de comunicação, no mesmo momento que a Rede Brasil de Comunicação e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo estão ameaçadas”.

O nosso velho Sindicato dos Jornalistas desta vez viajou…

Equiparação

Nesta história de absorver os funcionários da TV Câmara, o prefeito Guti pode ter criado um problemão pra ele. Os jornalistas da Câmara de Vereadores recebem pelo menos três vezes mais que seus colegas que prestam serviço no gabinete do prefeito. O Sindicato já deve estar de olho nisso.

Quem vazou?

Pegou mal para o presidente Bolsonaro.

Os jornalistas Augusto Nunes e Felipe Moura Brasil, do “Pingos nos Is” da Rádio Jovem Pan, divulgaram ontem gravações de conversas, obtidas pela revista Veja, entre o presidente e o agora ex-secretário Geral da Presidência Gustavo Bebianno que haviam sido desmentidas, primeiro pelo filho e depois pelo pai Jair Bolsonaro. Foram mensagens de voz pelo WhatsApp. O que se quer discutir agora é se essas mensagens trocadas, mesmo pelo sistema de áudio, são ou não consideradas “conversas”. Se eu disser que não, será que cola? Bolsonaro acha que sim.

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