Coluna Livre com Hermano Henning

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Ontem foi o dia de entrevistar Peterson Ruan no programa Espalha Fatos da TV Guarulhos. Ele é um dos principais integrantes do primeiro time do prefeito. Começou como Secretário de Finanças, no cargo logo no primeiro dia do mandato de Guti, há dois anos e meio. Falou do “espanto” que sofreu quando confrontado com as dívidas deixadas pela administração anterior. Era um rombo de sete bilhões de reais. Falou da ginástica em administrar os compromissos financeiros, enxugar a máquina com a exclusão de centenas de cargos em comissão, entre outras providências “pra fazer a coisa andar”.

Ruan agora é considerado o “primeiro ministro” de Guti. Acaba de assumir a Secretaria de Governo. Nossa conversa aconteceu num dia atribulado. Véspera da greve geral prometida pelas centrais sindicais contra a reforma da previdência que querem “parar o país”.

A preocupação, aqui em Guarulhos, é com o transporte público. Não temos metrô e, se os ônibus pararem, vai ser o caos. O secretário disse que tudo estava sob controle, pois tinha a garantia de que, pelo menos 70 por cento do transporte estaria funcionando no horário de pico. Não senti muita firmeza, mas vamos esperar. E torcer para que a vida do guarulhense, principalmente o da periferia, não seja tão afetada. É nessas horas que cidades como Guarulhos e São Paulo não sentem diferença. Nossas dificuldades aqui se repetem lá. E vice-versa.

O estádio do Flamengo

Uma notícia importante dada pelo secretário de governo foi anunciar a intenção da Prefeitura em ter de volta o Estádio Municipal Antônio Soares de Oliveira, hoje sob a custódia da A.A. Flamengo, uma das agremiações mais antigas da cidade. Wilson Alves David, velho amigo, completaria: “Desde 1954, com tantas glórias e tradições…”  

Pois bem. Para ter poder de investimento no estádio, conhecido como o campo do Flamengo, no Jardim Tranquilidade, e realizar a necessária reforma não só na arquibancada, interditada por problemas de segurança, mas em outras dependências do complexo conhecido como “campo do Flamengo”, o poder público precisa tê-lo de volta.

É aí que mora o perigo. Vai ter gritaria. “Isso vai, mas é o único jeito. A Prefeitura não pode investir numa propriedade onde não tem a posse.”

No fundo, há uma briga porque o time adversário, o E.C. Guarulhos, quer também o estádio. É justo, pois em termos de importância, os dois estão parelhos. Disputam a mesma divisão de profissionais da Federação, a segunda, e querem chegar à primeirona.

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