Coluna Livre com Hermano Henning

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Rodrigo Barros, secretário de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnológico e de Inovação da Prefeitura de Guarulhos, é dono do título mais pomposo de todo o time de primeiro escalão do prefeito Guti. Vamos lá, pelo menos o mais comprido. O estilo tem muito a ver. Rodrigo fala bastante. A gente percebe que gosta de conversar. E sua função, tudo indica, é justamente esta. Conversar. E conversar bastante. Fala inglês correntemente, é fluente em alemão e pelo menos mais três idiomas.

Rodrigo se propôs, ao assumir a secretaria, vender Guarulhos. E não apenas para empresários que podem influir na vida da cidade instalando fábricas, ampliando empresas já estabelecidas, criando empregos. Incentivado pelo prefeito, percorre o mundo promovendo as qualidades do município para investimentos.

Levando consigo o nome de Guarulhos, Rodrigo Barros já esteve em dezenas de países. O último deles foi o Canadá. Da França trouxe metas estabelecidas com a Michelin. Do país Basco, na Espanha, vieram compromissos para a instalação de indústrias aqui. De Portugal, trouxe um acordo com autoridades municipais de Lisboa num processo de parceria no setor de educação. Em muitas dessas viagens se fez acompanhar de empresários locais. Ele diz que nesses dois anos e meio da administração Guti, os resultados práticos já apareceram. Mas, o mais importante é o que está por vir. “Esse tipo de política nunca é imediatista” acrescenta. “Não é de um dia pro outro”.

Vice de Guti?

O investimento é caro, diria o observador mais atento. Aliás, não é preciso ser tão atento pra perceber isso. Será que vale a pena investir recursos nessa política de vender a cidade? Principalmente em se tratando de um lugar tão carente como este nosso aqui? São passagens aéreas, restaurantes, diárias de hotéis…

As críticas pipocam aqui e ali. Diante delas, o secretário tem apenas uma resposta. As despesas são pagas por ele mesmo. Quando não, pelas organizações que patrocinam esses eventos fora do Brasil. Dinheiro público não entra na história.

E qual o interesse então desse guarulhense em pagar para trabalhar? A resposta é longa e envolve questões muito pessoais. Ele também garante que objetivos de ingressar na política não há nenhum. Ele é empresário, bem-sucedido, e quer continuar assim. Não é filiado a partido político e rejeita com veemência esta história de ser candidato a vice de Guti nas eleições do ano quem. “Nada a ver”, diz ele.

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