Coluna Livre com Hermano Henning

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Personagem importante na história do esporte amador de Guarulhos, notadamente o futebol, o jornalista e radialista Osvaldo Tassi chegou aqui ainda nos anos sessenta do século passado. Veio de São Carlos, onde trabalhava como locutor da rádio local. Foi contratado por Osmar Marsilli, diretor da nossa Rádio Difusora, que acabava de ser adquirida pelo Centro Espírita Nosso Lar, que mantinha, e mantém, as Casas André Luiz. A emissora pertencia até então às organizações Paulo Machado de Carvalho, donas da Rádio Record e Panamericana, hoje Jovem Pan.

A primeira providência de Tassi foi criar um programa de estúdio para dar cobertura ao nosso futebol amador. Logo depois começou a transmitir as partidas no Fioravante Iervolino, o principal estádio da cidade. Tínhamos mais dois campos, o do Macedo, no bairro do mesmo nome, e o Cícero Miranda, na Vila Galvão, ali em frente ao Lago dos Patos. Flamengo, Macedo e o Vila Augusta eram as equipes mais conhecidas e com maior número de torcedores e simpatizantes.

Hora da saudade

Osvaldo Tassi foi ontem ao programa Espalha Fatos, da TV Guarulhos. A entrevista acabou se transformando na hora da saudade, mas focalizou também uma questão muito atual: a situação do futebol de Guarulhos hoje. Tassi chegou a ter uma experiência como presidente de um desses clubes da cidade, mas está desanimado. Culpa os políticos e o fato das agremiações sempre serem dirigidas por uma pessoa só. Não há diálogo, não existe a cultura de dividir as funções numa diretoria, por exemplo.

Começamos falando do Golfinho, ganhador da Copa Arizona e vencedor do primeiro e único desafio internacional com aquela aventura no Chile, ainda nos anos setenta. O Golfinho existiu em função de apenas um personagem, o Adolfinho Noronha. “O clube era ele…”

Rádio espírita

O rádio sempre foi o veículo que promoveu o esporte nas cidades do interior. E esse papel foi cumprido em Guarulhos. Mas isso só ocorreu no começo. E Osvaldo Tassi, mais do que ninguém, tem autoridade para falar sobre o papel da Rádio Guarulhos, hoje Boa Nova. Ele lamenta muito o direcionamento da programação da emissora para outros fins, no caso a divulgação da doutrina espírita, abandonando por completo os assuntos da cidade.

Há ainda o caso de outras emissoras que estão registradas com sede em Guarulhos, mas que operam na capital, caso da FM Rádio Universitária. Adquirida pelo grupo Paulo Abreu, a emissora funciona hoje ilegalmente fora da cidade, com outro nome. E ninguém se importa.

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