Coluna Livre com Hermano Henning

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Sempre ouvi dizer que vivemos num país abençoado por Deus. Não temos no Brasil as tragédias naturais de outros países como terremotos, furacões, tempestades de neve, coisas do tipo. Não temos aqui também esses atos terroristas que tanto agitam o mundo. Esse atentado de ontem em Suzano, por isso, assustou. Será que os tempos vão mudar?

O que teria levado esses jovens, ex-alunos da escola, a entrar ali atirando e matar colegas, ex-colegas, promovendo um massacre que, definitivamente, não faz parte de nossa história.

Seria um atentado com motivações políticas? Um atentado terrorista? Talvez fossem esquerdistas radicais. Ou quem sabe, gente da extrema direita.

Pelo que a gente soube ainda ontem, não havia nenhuma indicação que apontasse pra esse caminho, embora os motivos não sejam conhecidos até agora.

A entrevista coletiva das autoridades logo depois do massacre deixou mais perguntas que respostas. O motivo? Vai ser investigado, disse o Secretário de Segurança do Estado.

Na nota do Ministro da Justiça Sergio Moro, lamentando a tragédia, a palavra atentado aparecia com todas as letras… E não há dúvidas de que se tratou de atentado, mas qual o objetivo? Dormir com sete virgens depois da morte no firmamento?

Detalhe: os assassinos procuraram matar o maior número de gente segundo relato de quem estava lá. O que cada um dos dois tinha na cabeça ninguém saberá.

Jogos de matar

O New York Times repercutiu logo a notícia e destacou: Esse tipo de episódio não faz parte da cultura brasileira.

O vice-presidente Hamilton Mourão falou da influência dos jogos eletrônicos junto aos jovens. Os jogos de guerra na internet. “A moçada da minha época se divertia brincando na rua com as bolas de gude os peões. Agora não tem mais isso”. Hoje os jovens ficam em casa, no computador, vendo quem mata mais…

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou também: “é uma monstruosidade, uma covardia sem tamanho”.

Para a oposição, a chance de tirar uma casquinha. Gleise Hoffmann, agora deputada federal: Isso é resultado desta política de violência defendida pelo governo. De quem defende a ideia de que todo brasileiro deve andar armado. Jogo rasteiro.

A manifestação da presidente do PT já era conhecida antes mesmo dos corpos serem retirados do interior da escola. Foi rápida, sem nenhum pudor: a culpa é do pessoal do Bolsonaro.

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