Coluna Livre com Hermano Henning

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Na eleição passada Guarulhos teve mais de mil candidatos a vereador disputando os votos de 800 mil eleitores. Embora o número de votantes impressione, o de candidatos chega a espantar. E para o próximo ano, quando teremos eleições municipais, imagina-se que a quantidade de candidatos à Câmara pode chegar ao dobro do que aconteceu lá atrás.

A previsão é do meu amigo jornalista Sergio Lessa, responsável pela publicação da coluna aqui ao lado, a Espalha Fatos. Lessa tem também uma outra previsão: a de que haverá uma renovação de pelo menos metade do número de vereadores a serem eleitos para tomar posse em janeiro de 2021. O colunista acompanha a política de Guarulhos desde os anos oitenta e sabe do que fala.

O número de eleitos não pode passar de 34 que é a quantidade de cadeiras no Legislativo. E, para tomar assento ali se exige no mínimo dois mil votos, dependendo do partido. Mas, em alguns casos, esse número é bem maior.

Na eleição passada, Moreira, concorrendo pelo PTB, apareceu no final da lista dos eleitos com 1.996 votos. Só que, uma candidata que se apresentou com a simples designação de “Dona Maria”, pelo PT, recebeu 3.690 votos e não foi eleita. É o chamado voto proporcional que deixa candidatos do partido de Lula em desvantagem. Talvez isso explique a intensão do vereador Edmilson Souza trocar de partido pra facilitar a reeleição. Na lista dos eleitos do PT apareceu em último lugar com 3.954 votos. Com pouco mais de dois mil votos ele pode se garantir em 2020.

Além de Dona Maria, pelo mesmo partido, apareceram Fernando Sapun, Pezão, Jota B, Alemão do Transporte, Professor Samuel Vasconcelos, e a Professora Marisa de Sá, todos eles com mais de três mil votos cada. E não foram eleitos.

Candidatos do PSDB também estão na mesma situação. Geraldo Celestino, com 2.756 votos, pegou a primeira suplência do partido e só assumiu porque um colega de legenda está agora na assessoria do prefeito. Em número de votos, Celestino foi o 44 colocado.

O número de partidos aumentou e isso explica também o aumento da quantidade de candidatos esperada para o ano que vem. E a corrida já começou. Há um montão de gente querendo ser vereador.

Se for funcionário público, beleza. O cidadão candidato ganha férias durante a campanha, recebendo tranquilamente seu salário integral. Isso explica a quantidade de funcionários se aventurando na política. Mesmo aqueles sem esperança de conquistar mais que poucas dezenas de votos. Uma boa receber sem trabalhar, não é mesmo?

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